Continua a crescer o nível de contestação às declarações da Presidente do PAICV, no que se refere à nomeação do novo PGR
As recentes declarações da Presidente do PAICV na sequência da substituição do Procurador Geral da República, cerca de cinco meses depois do seu mandato ter chegado ao fim, continuam a provocar as mais variadas reações, nos mais diversos setores da Sociedade.
À TCV, recorda-se, JHA criticou o fato de o PAICV não ter sido ouvido na escolha do novo PGR e criticou também o que considerou “pressa” em substituir Óscar Tavares, ainda que seu mandato tenha terminado em maio passado.
A onda de contestação às “graves declarações” de Janira, continua a crescer sobretudo nas redes sociais, e até juristas e magistrados não se inibiram de se juntar aos contestatários, lamentando as “tristes afirmações” da Presidente do PAICV, que na opinião de muitos visa “condicionar” a Justiça.
Observadores fazem questão de recordar a Presidente do maior Partido da Oposição que a indicação do PGR “é um ato político normal” e que em momento algum os Partidos são ouvidos, mas sim apenas o Presidente da República que detém poderes de nomear, sob proposta do Governo, tal como tem ocorrido desde sempre, em Cabo Verde.
Sabe-se, entretanto, que Óscar Tavares não pretendia ficar no cargo, até porque, enquanto PGR, ele participou num concurso para um cargo de Consultor Jurídico, em Timor-Leste, e que teria até 16 do corrente outubro para se apresentar em Dili.
