Fake News é uma batalha longa que dificilmente será vencida

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Observação é do Presidente do Conselho de Administração da Agência Portuguesa de Notícias, Lusa, sublinhando que os Jornalistas devem aumentar o grau de exigência e olhar para as regras deontológicas

Nicolau Santos que falava à margem da conferência “Fake News: Impacto e Mecanismo de Combate”, organizado pelas Agências Inforpress e Lusa, com a parceria da Direção Geral das Comunicações, disse que a batalha contra as Fake News será longa e dificilmente vencida.

Para justificar a sua afirmação, o PCA da Lusa, disse que se estima que cerca de 60% da população mundial se informa apenas nas redes sociais, o que equivale a cerca de 4,2 mil milhões de pessoas, o que é preocupante, já que “muitas das vezes as Fake News que circulam nas redes sociais não são jornalismo, são opiniões, informações publicadas por mais diversas pessoas, umas com interesses manifestamente inocentes, outras com interesses objetivamente de atingir a credibilidade do Governo, empresas, pessoas”.

No entanto, diz, quem está em melhor condição de combater contra essas práticas são as agências de notícias, porque, como explica, “a partir do momento que as Agências lançam uma notícia ela por princípio é credível, pode eventualmente ter algum erro, mas por princípio é credível”.

Como Jornalistas, diz Nicolau Santos, “devemos aumentar o nosso grau de exigências e olhar para as regras deontológicas sempre que produzimos uma informação, cruzá-la com mais fontes independentes e tentar por todos os meios saber se aquela informação é ou não verdadeira”. Precisou, ainda, que a rapidez é inimiga de colocar fora uma boa informação, por isso apela aos profissionais da Comunicação Social a aumentarem o seu grau de exigência e a literacia mediática, a nível da Sociedade.

As Fake News, explica, é tão perigoso, que podem trazer consequências nefastas. Nicolau Santos recorre ao tempo para exemplificar essas consequências, ao dizer que ninguém quer voltar ao tempo em que as informações falsas levaram a regimes xenófobas, racistas e populistas.

Em forma de conclusão, sublinha que é preciso ter responsabilização quanto a prática desse problema.