José Sanches insiste nas irregularidades nas eleições no PAICV

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Candidato à sucessão de JHA estará a experimentar dificuldades criadas pelo Secretário Geral do PAICV, Julião Varela, a quem acusa de faltar à verdade e de se esconder atrás de “desculpas esfarrapadas”

As eleições internas no PAICV, Partido na Oposição, correm sérios riscos de ficarem marcadas “pela negativa”, se o PAICV manter a sua posição de manter delegados natos em número maior que os delegados eleitos pelas bases.

A crítica é do candidato José Sanches, e surgiu na sequência de um posicionamento do SG, Julião Varela, apoiante de JHA.

Sanches não entende o porquê da diminuição dos delegados ao Congresso, mantendo-se os natos. “Já fizeste as tuas contas? Já viste que está ferido de ilegalidades?”, refere numa publicação na sua conta pessoal na rede social Facebook, contrariando, assim, a tese de que estas eleições estão a ser preparadas de forma ilegal.

Dirigindo-se a Julião Varela, Sanches escreveu, perguntando: “já reparaste que o PAICV poderá entrar na história, infelizmente pela negativa como sendo o primeiro Partido que vai para umas eleições eleger menor número de delegados do que a fatia bem bom, reservado aos natos, a JPAI e da FMPAICV quando somados? Perfazendo 193 natos contra 171 a eleger?”.

No seu texto, o candidato apoiado por Filú, Júlio Correia e outros nomes fortes do PAICV, reafirma a sua crítica quanto à ilegalidade do processo eleitoral interno, e explica como o processo foi encurtado, em cerca de um mês, quiçá para travar o crescimento do seu projeto de liderança.

“Se as eleições tiverem lugar a 29 de janeiro de 2017, 3 anos nunca seria 22 de dezembro de 2019. Se o congresso que confirmou o mandato da atual Presidente, ao votar a moção de orientação política nacional, e a eleição dos outros órgãos teve lugar nos dias 17-19 de fevereiro de 2017, 3 anos nunca seria 31 (de janeiro), 1 e 2 de fevereiro de 2020. Portanto, estamos perante uma clara antecipação de eleições”, observou Sanches que acusa o SG do PAICV de faltar à verdade, escondendo-se atrás de “desculpas esfarrapadas”.

No texto, em tom irónico, José Sanches condena ainda a atitude da atual liderança do PAICV que nunca se dignou o receber, bastas vezes solicitado, para formalizar a sua disponibilidade de candidatura.

“Solicitei vários encontros com a Presidente e contigo (Julião Varela), não aceitaram e via carta enviei a minha disponibilidade a todos os membros do Conselho Nacional (…). Se disseres que não, publico a carta. Tens que ser sério”, comentou, para de seguida falar em “falácias”, com a substituição de uma comissão de jurisdição e fiscalização, para uma coordenada por Manuel Inocêncio Sousa, outro apoiante de JHA.

Já na ponta final da sua publicação, Sanches deixa evidente estar a ser vítima de “desprezo” dos próprios colegas de Partido.



1 COMENTÁRIO

  1. Em 2014, nas eleições internas houve introdução de votos falsos nas urnas em varias mesas de votos, como é aliás público. Houve desvios de muitos recursos do Estado para financiar a campanha da Janira, aliás o Presidente da Associação de Desenvolvimento de Achada Grande Frente declarou no Ministério Público que havia um esquema com a sua Associação envolvendo o Julião Varela com o Fundo do Ambiente em que ele assinava cheques em branco e entregava ao Julião que por sua vez, através da empresa do José Gomes da Veiga mandava a Janira via João do Carmo e Copa. Julião neste momento está indiciado e todos sabemos que ele é falso e faz parte da rede de bandidos que suportam a Janira com falcatrua.

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