Manuel de Pina leva informações complementares à PGR sobre Fundo do Ambiente

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Autor da denuncia, em 2015, Presidente da Associação Nacional dos Municípios de Cabo Verde vai prestar informações junto da PGR

A ANMCV vai ainda esta terça-feira, 19, fornecer informações complementares à Procuradoria Geral da República, na sequência do processo de investigação do Fundo do Ambiente, que no último sábado, 16, conheceu novos desenvolvimentos, com o Tribunal de Contas a não homologar as contas referentes a 2012, 2013 e 2014 por haver “muitas ilegalidades/irregularidades”.

Manuel de Pina, que lidera a Associação dos Municípios, confirmou à RCV que aquele órgão foi notificado para hoje prestar novas informações.

Foi a ANMCV que em setembro de 2015, deu entrada no Tribunal de Contas e na Procuradoria, do processo-denúncia contra o então Ministro do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território, Antero Veiga, a quem acusava de estar a desviar recursos do Fundo do Ambiente para associações próximas do PAICV e outras instituições não elegíveis, ao invés de tratar com as Autarquias.

A ANMCV “nunca iria fazer uma denuncia sem fundamentos”, recordou o também Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago, em declarações à rádio pública.

O Autarca é de opinião que o Municipalismo e o País saíram lesados com esta situação, em que o TC fala em desvio de cerca de 500 mil contos, sendo certo que ainda faltam inspecionar as contas de 2015 e 2016.

O TC não homologou as contas e enviou os relatórios ao Ministério Público por entender haver procedimento criminal que compete àquele órgão apurar.

Nem o antigo Ministro, Antero Veiga, nem o DG do Ambiente, Moisés Borges, e nem mesmo o primeiro-ministro da época, José Maria Neves, se pronunciaram sobre o assunto.

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3 COMENTÁRIOS

  1. Penso que JMN cometeu um gravíssimo erro, ao menosprezar e diabolizar o peso da ANMCV e, sobretudo, menosprezar a gravidade das denúncias então feitas, denúncias essas apoiadas, diga-se, inclusivamente por autarcas do próprio Paicv. Que JMN, utilizando agora o linguajar policial é um “elemento” vaidoso, arrogante e atrevido, ninguém duvida. Agora, que perante denúncias, tão graves de alto puder tóxico, ao invés de demitir o ministro visado e com ele o DGA, JMN deixa seu partido acumular e aumentar ainda mais o seu capital de podridão, num currículo já vermelho de corrupção, demonstra que afinal, Zé não passa de em pequeno acidente no quadro político crioulo.

  2. Justice, que seja condenado e enviado à cadeia. Que seja exemplo para o futuro dos filhos de Cabo Verde ??

    Justiça que seja seria e sega sem camuflagem política…….

  3. O Paicv insiste, com o seu silêncio ensurdecedor, em como não tem nada a declarar, neste processo criminoso, em boa hora desmantelado pela ANMCV, e que culminou com a não validação do relatório de contas dos Governos do Paicv, referentes aos anos 2012/2013/2014, e ao uso endivido dos recursos financeiros do Fundo do Ambiente. Para proteger a efémera candidatura presidencial, do mais do que chamuscado JMN, JHA prefere silêncio. Para afastar as últimas esperanças de Antero Veiga para candidatar-se à CMP, JHA prefere cozinhar o rapaz dos Órgãos em lume brando. Parece o mesmo truque adotado pelo PT (Partido dos Trabalhadores) do Lula da Silva, em como todo o trabalho de desmantelamento e punição dos responsáveis pela corrupção endémica que dizimou mais de 1% do PIB do Brasil, é conspiração dos burgueses e da imprensa, imagine-se, contra os ganhos sociais do Brasil. Ou seja, roubalheira na Petrobras é parte dos ganhos socioeconómicos do Brasil, durante a governação PT. Paicv não foge desta abordagem esquerdopata, que considera condenados como heróis nacionais. Mais ensurdecedor que o silêncio do Paicv, somente o silencio da UCID, que parece dar-se muito bem com amigos condenados.

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