Conclusão é de um estudo da Afrobarometer, realizado entre 27 de novembro e 27 de dezembro do ano passado e ontem revelado
O referido estudo mostra que apenas 3 em cada 10 Angolanos têm água canalizada no interior das suas residências ou no quintal, enquanto 4 em cada 10 Angolanos precisam de sair das suas residências para terem acesso a uma casa de banho ou latrina. O referido inquérito observa ainda que cerca de metade dos Angolanos não tem acesso à ligação elétrica da rede pública.
As principais conclusões do estudo também indicam que 13% dos Angolanos obtém água para o consumo doméstico do chafariz ou poço com tubo ou manivela.
Uma outra constatação é de que, na Capital Luanda, menos de metade, 44%, dos residentes dispõe de água canalizada no interior das suas residências ou quintais.
A situação é mais crítica nas regiões do Leste, 21%, do Norte,17%, e do Centro Norte, 16%, refere a notícia veiculada pela Agência Lusa.
A investigação refere que 34% dos Angolanos ficaram sem água potável suficiente para o uso doméstico “muitas vezes” ou “sempre” em 2018, e 35% “apenas uma ou duas vezes” ou “algumas vezes”.
Apenas 29% dos Angolanos usufruiu de um fornecimento de água canalizada de forma regular.
Por seu lado, 6 em cada 10 Angolanos, que equivale a 59%, disseram possuir casa de banho ou latrina no interior das suas residências ou no quintal, enquanto 20% tem acesso fora do quintal ou complexo habitacional e outros 20% não dispõem de nenhuma casa de banho ou latrina.
O mesmo estudo apurou que cerca de 4 em cada 10 Angolanos, ou seja, 44%, vive em residências sem ligação à rede pública de eletricidade, sendo que “os residentes de Luanda têm mais do que o dobro de chances de dispor de ligação elétrica da rede pública nas suas residências, comparativamente aos residentes das regiões Leste, 37%, Sul, 38%, e Centro, 38%”.
A Afrobarometer entrevistou 2.400 Angolanos adultos, entre 27 de novembro e 27 de dezembro 2019.