Covid-19 veio nos mostrar que o mundo “é realmente a nossa casa comum”

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Constatação é do Frei Claudino Vieira, missionário Cabo-verdiano nos Estados Unidos que na sua recente passagem pelo País conversou com o nosso Jornal

OPAÍS.cv perguntou ao Frei Claudino que lições ele tirou com a pandemia e que desejava partilhar com os leitores. “Como dizemos em bom crioulo: “Deus nunca ca ta danu kel ki nu ca ta pode cuel”. Posto isto, o Sacerdote, natural da Brava, respondeu que a pandemia da Covid-19 “veio nos mostrar que o mundo é realmente a nossa casa comum e que devemos todos lutar para proteger essa casa comum”.

“A pandemia veio também nos dizer de que somos todos humanos, ricos ou pobres. A pandemia colocou a nu a grande injustiça social e veio nos recordar o que realmente é essencial na nossa vida e o que devemos realmente valorizar”, respondeu.

Defensor da vacinação para todos, o nosso interlocutor observa que vacinar “é um ato de confiança” na ciência e na tecnologia humana. “Vacinar é também contribuir para voltarmos quanto antes à normalidade”.

No entendimento do Frei Claudino vacinar “é um dever mural” na medida em que “todos temos o dever de preservar a nossa vida e saúde como também proteger a vida do meu próximo”. “Por estas razões e por outras reafirmo que todos devam vacinar”, concluiu.

O Frei Claudino esteve recentemente em Cabo Verde onde participou no Capítulo dos Capuchinhos que elegeu o novo Custódio e o novo Governo da Vice Província para o próximo triénio.

Instado a dirigir uma mensagem aos jovens, o Sacerdote foi taxativo, desejando “generosidade e alegria”, observando desejar que os jovens “sejam generosos” porque “tudo o que eles têm receberam de graça”

“Recebei de graça, dai de graça”, enfatizou, augurando que os jovens “sejam capazes de manifestar a gratidão de Deus, sendo generosos e disponíveis”.

“Sejam alegres e nunca deixem de sonhar e de buscar o bem”, vincou, confirmando que a alegria “é caraterística própria” de um jovem, a quem desafia a ir ao mundo e “testemunhar” a alegria.

“Se Deus te chamar para uma missão especial, tal como, à uma especial consagração não sinta vergonha acolha o convite, podeis acreditar não haveis de arrepender”, garante, assegurando que “Aquele que nos envia em Missão, o autor do bem e da alegria, estará sempre convosco e a nossa Mãe jamais abandonará quem a Ela se volte para solicitar ajuda”.

“Jovem, sede Igreja para que a Igreja permaneça sempre jovem”, desafia.

E aos jovens que ainda não sentiram o chamado? À pergunta, o Frei Claudino respondeu nos seguintes termos. “Sede alegres e sonhadores. Testemunhai o bem lá onde estiverem. Sejam empreendedores e ajudai o nosso País e o nosso mundo a se desenvolver. Não perguntais o que o meu País pode ou deve fazer por mim, mas perguntai antes o que eu posso ou devo fazer para o meu País. Semeai o Bem!”, instou.