Votação, nas Nações Unidas, aconteceu esta terça-feira, 12
As Nações Unidas aprovaram hoje, o cessar-fogo em Faixa de Gaza.
A Resolução sobre o conflito Israel-Hamas, foi apresentada pelo Egito, em nome do Grupo Árabe, no quadro da décima sessão de emergência da Assembleia Geral da ONU, retomada a pedido de alguns Estados-membros, após a Resolução proposta no Conselho de Segurança não ter sido aprovada, na passada sexta-feira, 8.
Cabo Verde, como membro efetivo das Nações Unidas, foi novamente chamado à votação.
De acordo com um comunicado do do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, Cabo Verde voltou a votar abstenção por coerência, e por haver necessidade de prevalecer a sua posição.
O comunicado diz ainda que o texto da Resolução submetida pelo Grupo Árabe não teve em consideração disposições relativas à condenação aos atos terroristas praticados pelo Hamas, contra o Estado do Israel, no dia 7 de outubro, motivo pelo qual os EUA vetaram a Resolução, na sexta-feira.
Hoje, os EUA apresentaram uma proposta de emenda em que propuseram a introdução de uma cláusula, condenando os atos terroristas praticados pelo Hamas contra Israel.
Da mesma forma, a Áustria submeteu uma emenda apelando à libertação de reféns pelo Hamas, bem como à abertura dos corredores humanitários.
“Por conseguinte, por uma questão de coerência relativa à sua posição inicial, Cabo Verde votou favoravelmente às propostas de emenda apresentadas pelos EUA e pela Áustria, contendo elementos importantes, o que traduziria num maior equilíbrio das disposições da Resolução e conferiria passos para uma solução sustentável ao conflito Israel-Hamas. Não tendo as emendas obtido o voto favorável de maioria de dois terços, apesar de um número considerável de Estados-membros terem apoiado as emendas e havendo a necessidade de prevalecer a sua posição, Cabo Verde votou abstenção ao texto”, lê-se no comunicado.
Na mesma nota, o Executivo Cabo-verdiano diz condenar veemente toda e qualquer forma de terrorismo e ou extremismo violento e reconhece o direito do Estado de Israel de viver em Paz e segurança, bem como o direito que lhe assiste de se defender, observando o Direito Internacional Humanitário, assim como reconhece o direito do povo Palestiniano de constituição do seu Estado, nos termos das pertinentes resoluções das Nações Unidas.
“Dois Estados a viver em Paz e segurança, lado a lado, esta é a solução que o Governo defende como sendo uma solução sustentável para o conflito Israelo-Palestiniano”, lê-se.