JMN veta Filú para Embaixador em Cuba e abre-lhe possibilidade de candidatura presidencial

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Antigo Autarca da Capital e ex Deputado da Nação confirma que seu nome foi chumbado por José Maria Neves

Confirma-se. O Presidente da República vetou a proposta do Governo em indicar o nome de Felisberto Vieira, Filú, para Embaixador de Cabo Verde em Cuba.

O antigo Autarca da Capital e ex Deputado da Nação, pelo PAICV, afastado das lides político-partidárias, confirmou, num texto nas redes sociais, que o seu nome foi chumbado pelo Chefe de Estado.

Com uma publicação intitulada “despretensiosa nota que se me impõe”, no Facebook, Filú deixou considerações sobre o chumbo do seu nome, por JMN.

“Não comento nesta oportunidade, por imperativos da responsabilidade cívica e da coerência política, a proposta do Governo para que considerasse ser o Embaixador de Cabo Verde em Cuba e a já pública recusa do Presidente da República em viabilizar tal proposta, nem comento a opinião do companheiro Júlio Correia de que eu teria perfil para ser candidato presidencial nos embates eleitorais de 2026”, escreveu Filú, que fala em questões “muito sérias e gravosas”, que ele pondera “com distanciação emocional” e que exigem dele “auscultação e posição acertadas, não descurando a análise prudente do xadrez político interno e, mais importante de tudo, a plena consciência de que possa ser ativamente útil para Cabo Verde”.

O político refere que a República “precisa ampliar e modernizar” a soberania, a democracia e o desenvolvimento. “Estou tranquilo e sereno, preocupado com o andamento das coisas, mas sempre que possível disponível a dar o meu modesto contributo, em prol do bem comum”, refere na sua publicação.

Segundo consta, o veto do PR teria como base o fato de Filú ser aposentado e que seria um embaixador político.

Entretanto, a recusa de JMN pode abrir caminho para uma candidatura presidencial de Filú, em 2026, algo que o também antigo Deputado Júlio Correia, um conhecido amigo de Filú, entende como oportuno, sustentando que o antigo Autarca da Capital tem mérito para disputar o cargo de Chefe de Estado.

O antigo Ministro da Administração Interna vê em Filú “mérito, competência e bom desempenho comprovados, virtudes que fariam dele um bom Embaixador em Cuba, caso fosse nomeado para tanto. Sim, candidatura presidencial e, em 2026, para que a próxima disputa não seja um jogo de cartas marcadas. Por ora, creio que a procissão vai no adro, mas não me espantaria se ganhasse as ruas do nosso País”, escreveu.

Quanto aos alegados argumentos do PR, por Filú estar fora da carreira diplomática “são falaciosas, frágeis e discriminatórias”, vinca Júlio Correia.

Este antigo dirigente do PAICV observa que a “propositura e a nomeação” de Embaixadores deve obedecer a critérios “bem definidos, claros e inteligíveis à luz do ordenamento constitucional, legal e normativo do País, pelo que “fiquei contente que o nome do Felisberto Vieira tenha sido cogitado para tão prestigiado cargo, assim como revoltado se se provar, como se diz por aí, que por inconfessas razões, a sua nomeação tenha sido recusada pelo Chefe do Estado”.



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