O trio foi distinguido pelo desenvolvimento de baterias de iões de lítio. A distinção foi anunciada pela Real Academia de Ciências da Suécia, nesta quarta-feira
O Prémio Nobel da Química deste ano foi atribuído a John B. Goodenough, a M. Stanley Whittingham e a Akira Yoshino pelo seu trabalho no desenvolvimento de baterias de iões de lítio, hoje usadas em celulares, note-books e carros elétricos. A descoberta foi feita no começo da década de 70.
Revelada, ontem, pela Academia Sueca, o comité justificou a sua escolha pela forma como as baterias de iões de lítio “revolucionaram as nossas vidas e são usadas em tudo, desde telemóveis a portáteis e veículos elétricos”.
Refira-se que essas baterias estão em equipamentos que se usa para trabalhar, estudar, comunicar e mover, dos telemóveis aos carros elétricos, passando pelo armazenamento de energias de fontes renováveis, tanto a solar e eólica.
Stanley Wittingham, da universidade Norte-americana de Binghamton, nasceu no Reino Unido em 1941, e em 1970, em plena crise do petróleo, “começou a investigar supercondutores e descobriu um material extremamente rico em energia, que usou para criar um cátodo inovador numa bateria de lítio”.
O Americano, John B. Goodenough, os 97 anos passa a ser a pessoa mais velha a ganhar o Nobel, previu que o cátodo poderia ter ainda mais potencial se usado com um óxido de metal em vez de um sulfureto de metal, duplicando a voltagem das baterias de dois para quatro volts.
Quanto ao Japonês Akira Yoshino, professor nas universidades de Osaka e Meijo, criou “a primeira bateria de iões de lítio comercialmente viável em 1985”, uma bateria “leve e resistente que podia ser carregada centenas de vezes antes de se deteriorar”.
Relembra-se que no ano passado, o Prémio Nobel da Química foi entregue aos Norte-americanos Frances H. Arnold e George P. Smith e ao Britânico Sir Gregory P. Winter. Foram distinguidos pelo desenvolvimento de “proteínas que resolvemos problemas químicos da humanidade”.