São Vicente com mais 4 casos positivos de Covid-19

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Informação foi avançada pelo Delegado de Saúde da Ilha do “Monte Cara”, sublinhando se tratar dos outros 4 marinheiros que foram repatriados da Gâmbia, com paragem na Cidade da Praia

A Ilha de São Vicente tem o registo de mais 4 casos positivos da Covid-19, todos importados, garantiu, este sábado, o Delegado de Saúde da Ilha, em informação reproduzida pela rádio pública.

Trata-se dos outros 4 marinheiros que estavam em isolamento na sequência do primeiro marinheiro que tinha testado positivo ontem.

A Delegacia de Saúde apela à cautela da população, porque essas pessoas estavam há uma semana em São Vicente e poderá ser que haja mais pessoas infetadas na Ilha.

Os 5 marinheiros estão estáveis, o primeiro está com sintomas no Hospital Batista de Sousa e os outros estão no Centro de Estágio de Mindelo.

De realçar que estes marinheiros estavam retidos na Gâmbia desde março, devido à pandemia, que obrigou o fecho das fronteiras por todo mundo.

Segundo o Delegado de Saúde, esses marinheiros chegaram à Cidade da Praia e ficaram ali de terça-feira até sábado passado, quando seguiram viagem para São Vicente, no navio Praia d’ Aguada.

No entanto, apela a todos os passageiros que viajaram da Praia para São Vicente no mesmo navio, no dia 1 para se dirigirem à Delegacia de Saúde para despiste da Covid-19.



2 COMENTÁRIOS

  1. Não há responsabilização criminal para quem facilita a exportação/importação de casos? Numa ilha é fácil controlar!!!

  2. Obviamente, no momento em que as pessoas só podiam viajar de Santiago para qualquer outra ilha com um teste de anticorpos negativo, era inevitável que o vírus acabasse por se espalhar para todos os cantos de Cabo Verde que não estavam previamente infectados. A razão é simples. Praia está muito infectada. É ainda mais infectado que alguns países que têm populações 10 vezes maiores.

    Além disso, muitos residentes e estabelecimentos locais na Praia têm ignorado as medidas de saúde recomendadas para impedir a propagação do vírus. Já estive no autocarro, em bares, barbearias e nas mercearias e vi gente sem máscara, colocando outras em risco. Também passei por alguns bairros e sempre há um grande número de pessoas se misturando sem máscaras. E não há consequências cobradas aos infratores. Basta uma pessoa infectada sem máscara para espalhar o vírus amplamente.

    É claro que, a menos que medidas muito duras sejam tomadas, haverá centenas de outras infecções em Santiago e serão exportadas de Santiago para o resto do país. E, infelizmente, também pode haver muito mais mortes como resultado. A chegada de uma vacina pode levar muitos meses e pode não ser altamente eficaz. A menos que as pessoas sejam forçadas a usar máscaras e manter o distanciamento social, o caos continuará e possivelmente por muito mais tempo do que muitas pessoas imaginam. Será uma ruptura significativa na vida normal e não algo com que as pessoas queiram viver. Esse vírus não é algo com o qual possamos aprender a viver. Ele mata pessoas com sistema imunológico enfraquecido ou com problemas de saúde. Infelizmente, isso inclui muitas pessoas e não se restringe apenas aos idosos.

    As autoridades têm que tomar medidas drásticas ou podemos sofrer consequências econômicas mais graves, que podem ser muito maiores do que teriam sido se tivéssemos mantido o estado de emergência por mais algumas semanas até que o vírus fosse reduzido a níveis controláveis.

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