Empresária Angola anunciou semana passada a atribuição de 10 bolsas de estudos, a jovens da Uni-CV. Entretanto, correm nas redes sociais uma suposta tensão entre os Palácios da Várzea e Platô
Um texto posto a circular nas últimas horas na rede social Facebook, aventa a possibilidade de as relações políticas entre o Presidente Jorge Carlos Fonseca e o Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva não serem as melhores, supostamente devido à decisão da empresária Angolana e filha do antigo Presidente José Eduardo dos Santos, em conceder 10 bolsas de mérito a universitários Cabo-verdianos.
Ora, o texto refere que esta situação está a provocar posições diferentes no Arquipélago, entre o PR e o PM e até no interior do Governo. A “origem duvidosa” dos recursos de Isabel dos Santos pode ser o ponto desta hipotética discórdia.
Entretanto, fonte oficial confirmou ao OPAÍS.cv estarmos perante uma tentativa de “criar um fato político” ao mais alto nível e tentar “condicionar as excelentes relações” entre Cabo Verde e Angola.
Segundo a nossa fonte, o citado “artigo inventa fatos que não existem”, até porque em nenhum momento o PM conversou com o PR sobre a estada de Isabel dos Santos na Cidade da Praia nem mesmo sobre a atribuição de bolsas de estudos. “Não é matéria de conversa” entre o PR e o PM a participação de empresários em conferências, nomeadamente, nesta que foi organizada pela Agência Lusa, semana passada, na Capital do País.
A atribuição das bolsas de estudos por parte de Isabel dos Santos, que detém ações na Unitel T+, é uma iniciativa privada, por parte de uma empresa que opera em Cabo Verde, e que como tal “não carece” de autorização do Governo e nem envolve o Governo, refere a nossa fonte, para quem “é um autêntico delírio tentar transformar esse ato numa questão de Estado”.
Refira-se que Cabo Verde e Angola mantêm excelentes relações de amizade e cooperação, relações que têm sido incrementadas com o novo Governo liderado por João Lourenço.
