A Covid19 e as vacinas

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Todos lemos e escutamos a campanha feita nas redes sociais tentando confundir as pessoas, para não se vacinarem contra Covid19. É necessário e urgente reconhecer o impacto negativo, principalmente nos jovens, que essa campanha tem tido.
Foi a primeira vez  no mundo, que cientistas de várias quadrantes e países, compartilharam  informações científicas, unindo esforços, para que  se pudesse ter, num curto espaço de tempo, vacinas contra a Covid19,  o que se conseguiu pois, hoje, milhões de pessoas estão sendo vacinadas, o que significa para a felicidade global, menos sofrimento, menos mortandade provocados pelo SARS2.
Não obstante todo esse trabalho, que envolveu milhares de cientistas, esforços colossais a todos os níveis, há pessoas que, aproveitando muitas vezes a falta de conhecimento reinante neste mundo de desigualdade de informação/ formação, fazem campanhas com argumentos completamente falsos e anti científicos, contra a vacinação.
Já é tempo de todos nós, darmos combate a essa desinformação que pode ser responsável pela morte de muita gente, podendo ser um dos teus/nossos parentes, amigos e amantes.
Os partidos políticos, as associações da sociedade civil, os sindicatos, as instituições públicas e privadas que estão acostumados durante o período eleitoral a fazer campanha ou especializados em fazer publicidade devem assumir as suas responsabilidades e porta a porta, rua a rua, bairro a bairro, cidade a cidade, mulher a mulher, homem a homem, iniciar uma campanha maciva para defender a todos e todas cabo-verdianos e cabo-verdianas , duma morte que tanto pode ser certa, como perfeitamente evitável, bastando para isso vacinarmos com qualquer uma das vacinas aprovadas pela Organização Mundial de Saúde.
Assim como saíram nas campanhas políticas para as eleições, um dever para  com a democracia, devem também sair, em dever com a saúde pública, e uma obrigação para com o desenvolvimento sustentado do nosso país na campanha para a vacinação contra o SARS2.
No entanto essas campanhas devem respeitar o distanciamento social, o uso de máscaras bem como a higiene pública como as autoridades de saúde exigem no mundo inteiro.
A única certeza que temos é que, quando estivermos completamente imunizados, garantiremos maior proteção contra SARS2, menor capacidade de infetar os nossos e a comunidade onde vivemos e mesmo no caso de sermos infetados, os impactos sobre a nossa saúde e sobre as estruturas de saúde pública serão, certamente, mínimos.
Cumpramos com o nosso dever de cidadania global, vacinando e lutando para que todos possam vacinar e evitar assim mais sofrimento  e dor, no nosso país, na nossa região, no nosso continente e no mundo.
Exijamos ainda que as Nações Unidas e a Organização Mundial da Saúde, cumpram com a obrigação que têm de promover e lutar para uma distribuição mais equitativa das vacinas a fim de minimizar a já desigual situação mundial em que os países ricos da América e da Europa se apoderaram da grande maioria das vacinas produzidas, enquanto a África, América Latina, os países asiáticos, vivem numa penúria gritante em termos de vacinas contra a Covid19.
Antonio Lopes da Silva – Tober