A falácia sobre a saída massiva dos jovens

Nos últimos dias, o paicv e os seus satélites insistem na ideia de que os jovens têm estado a fugir do país, porque não tem oportunidades cá dentro. Chegam ao cúmulo do ridículo de verberar que os antigos governantes tambarina também estão a fugir. No entanto, nunca apresentam quaisquer dados que suportem tais narrativas.

É este mesmo paicv e as suas milícias que, desde 2007, falavam na Parceria Especial com a União Europeia e que a mobilidade estava a caminho. “O acordo de parceria especial, anunciado pelo Conselho, não contempla a livre circulação de pessoas entre Cabo Verde e UE, apesar de vários países e deputados que consideram que podíamos ter ido mais longe” (palavras do antigo PM, José Maria Neves).

https://expressodasilhas.cv/…/jose-maria-neves…/1315).

Estas afirmações mostram que, já em 2007, havia o entendimento que se deveria trabalhar para que haja livre circulação entre Cabo Verde e a União Europeia… pena que não conseguiram.

Hoje, graças ao trabalho competente do governo do MpD, a mobilidade já é uma realidade. Tanto a mobilidade laboral, como a mobilidade estudantil.

Todos sabem como era o processo para obtenção de um visto de estudos até 2017. Era por isso que poucos centenas de estudantes tinham a sorte de obter um visto de estudos. Porém, já em 2022, mais de 4 (quatro) mil jovens obtiveram um visto para estudar em Portugal. É claro que isto incomoda o paicv e os seus tentáculos. Para eles, apenas os melhores filhos da terra podem fazer uma formação superior lá fora. Sugerem que os filhos dos coitados devem ficar por cá para viabilizar as universidades privadas e, quiçá, serem os seus alunos e lhes garantirem o rendimento.

A verdade é que os cabo-verdianos sempre emigraram. Agora, têm esta possibilidade e podem ir de forma legal, segura, e com todos os seus direitos assegurados, pagando apenas o valor dos vistos e das passagens, sem qualquer “controlo”, graças ao trabalho competente do governo liderado por Ulisses Correia e Silva.

Ora, mesmo com todas estas facilidades, os números de saídas não são diferentes do tempo do paicv. Segundo o censo de 2010, saíram de Cabo Verde 18.897 pessoas nos 5 (cinco) anos anteriores à data da realização dos estudos. Já o censo de 2021, aponta que saíram de Cabo Verde 17.961 pessoas nos 5 (cinco) anos anteriores à realização do cadastro. Isto é, menos 936 pessoas que no tempo do paicv, numa altura em que, convenientemente, ninguém falava que os “quadros desesperados” estavam “a fugir do país”. Na altura, conseguir um visto era um luxo, mas, mesmo assim, saiu muito mais gente do que hoje.

Estes números apenas mostram que o paicv, além de faltar com a verdade, sente-se incomodado quando as pessoas saem para ascender socialmente e não precisar de favores de ninguém.

Eles preferem pessoas na pobreza e na ignorância para poderem enganar e voltar ao poder. Por isso, estão a fazer de tudo para liquidar o acordo de mobilidade.

Mas todos se recordam do barulho que fazem nas redes sociais quando é recusado visto a um camarada deles. Os outros, quando saem, são “desesperados”.

É esta a coerência do paicv.