A podridão no reino da Dinamarca e alhures

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José Maria Neves é o mestre da MANIPULAÇÃO política caseira e utiliza, constantemente, as técnicas favoritas da inversão revolucionária.

Nunca se esquece das lições aprendidas no tempo da JAAC-CV e da gloriosa “democracia nacional revolucionária”.

O método é, na verdade, de matriz Hegeliana e deixa os adversários francamente desnorteados, através do manejo subtil dessa espécie de “dialéctica dos sinais contrários”.

TODOS os espíritos revolucionários, com uma constância admirável, agem dessa forma, de Lenine a Hugo Chavez, ou Vladimir Putin.

George Orwell descobriu, um dia, essa terrível forma maquiavélica e arranjou uma expressão para captar a sua essência: DOUBLESPEAK.

Joga-se deliberadamente com a ambiguidade, a trapaça e a confusão. Isso leva, depois, à degradação da vida política e à lenta erosão das instituições democráticas.

Os vínculos morais da esfera pública são destruídos.

Tudo se dilui no deve e haver da contabilidade mesquinha.

A coisa é, pois, profundamente cínica e SUBVERSIVA.

Vejam, com atenção, a atitude do nosso cavalheiro da “leberdade” relativamente à imprensa cabo-verdiana.

O mesmo José Neves que agora finge ser o paladino da “liberdade de imprensa” e dos valores da sociedade aberta é aquele que, afinal, discriminava, enquanto Primeiro-Ministro, certos jornais conotados com a oposição e instituiu, por decreto, o célebre dia da tomada da Rádio Barlavento (esse marco cruel da ditadura do PAIGC e da extinção, na prática, numa agitação violenta orquestrada, então, pelos “apparatchiki”, do pluralismo informativo e de ideias nestas ilhas, em finais de 1974) como sendo, oficialmente, “o dia da liberdade de imprensa em Cabo Verde”!!!

Simplesmente orwelliano.

A diatribe contra a TCV inscreve-se nessa mesma empreitada, de um homem cujo sonho é aparecer 24 horas por dia na televisão.

O dr. José Maria Neves defende absurdos e nunca deixou de ser essa réplica menor, que efectivamente é, de corpo e alma, do pensamento totalitário. É um terceiro-mundista por convicção.

Um típico erro de casting!

Não respeita minimamente a Constituição da República de 1992, que JUROU entretanto honrar e preservar, no dia da solene tomada de posse, e está constantemente a minar os valores legais-republicanos, apostado, por veredas pouco recomendáveis, num resgate obsessivo das instituições do Partido Único e da simbologia do regime anterior, que preenchem, aliás, a sua pobre imaginação.

José Maria Neves, lembrando Popper, é um verdadeiro inimigo da Sociedade Aberta e um factor de desagregação da democracia constitucional.

Não percebe, nem nunca percebeu, que a Constituição é o limite, a medida e o fundamento inconcusso dos poderes instituídos. De todos eles.

Há algo podre no reino da Dinamarca!



1 COMENTÁRIO

  1. Mais claro é impossível. O homem é um perigo para a sociedade. Todo o cuidado com esse sujeito é pouco.

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