Temos um país de indignação seletiva, que escolhe a dedo os assuntos que são alvo de indignação.
Num país onde houvesse uma opinião pública ao serviço do interesse geral, já teríamos os fazedores de opiniões a se indignarem com a reforma choruda e totalmente imoral que um ex-funcionário do paicv vai receber.
Sim, Julião Varela ex-funcionário do paicv, que em outubro de 1990, a três meses das eleições, foi metido no quadro da administração pública, sem concurso, à margem da lei, acaba de se reformar com uma choruda pensão de mais de 150 contos mensais.
É com esta moral que o paicv, todos os dias, aparece na comunicação social a falar na defesa do interesse público, na transparência e, de forma descarada, na partidarização da administração pública, para distrair os incautos.
Esta situação é apenas um exemplo de como o paicv, desde 1975, capturou o Estado e colocou-o ao serviço do interesse pessoal dos seus dirigentes.
É o caduco sistema do partido-estado, que colocava os funcionários públicos ao serviço do partido, que continua a causar graves prejuízos aos contribuintes cabo-verdianos que são obrigados a pagar esta pensão vergonhosa e imoral ao ex-funcionário do paicv, mesmo não comungando da ideologia daquele partido.
Formado na ex URSS em técnicas de agitação e subversão, integrado na central única UNTC foi o terror dos empresários privados durante 15 anos e atormentou os gestores das empresas públicas com as palavras e gestos que aprendeu no regime comunista. Depois de 1991, liderou a oposição ao MPD juntamente com secretário geral da UNTS CS de então espalhando demagogia e mobilizando os trabalhadores a fazerem exigências descabidas e ameaças de greve. Com um curso de 10 valores agora é o líder do PAICV para os assuntos econômicos. Está a biografia do homem a quem contribuintes de Cabo Verde pagam cerca de 1.600.000$00 por ano. Por esta e outras razões que temos tanta pobreza em Cabo Verde.
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