A vida é efêmera

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Hoje, testemunhei o doloroso momento do levantamento do corpo de uma pessoa pela qual nutria um afeto especial.

Tratava-se de uma mulher afável, sempre pronta a saudar com um gentil “bom dia” e “boa tarde”.

Esse episódio provocou um aperto no meu coração, levando-me a refletir sobre a nossa pequenez e fragilidade diante da vida.

Lamentavelmente, encontramo-nos em um mundo onde muitos negligenciam essa reflexão. É evidente que os sentimentos esfriaram; a indiferença e o individualismo predominam. Vivemos em uma era em que as pessoas, que em grande maioria se dizem cristãs, priorizam os prazeres momentâneos, aderindo ao lema do “Carpe diem”, em detrimento de cumprir o mandamento de Jesus, resumido em “AMAR” ao próximo.

Portanto, é notório que a sociedade contemporânea está mergulhada em uma frieza emocional, onde até o cuidado com os pais tem sido relegado a segundo plano ou nem sequer consta nos planos.

Abraçar os desfavorecidos, aqueles abandonados pelo sistema e rejeitados pelo próximo, parece ser uma raridade.

Uma sociedade hipócrita e indiferente se revela, na qual aqueles que ousam estender a mão para ajudar muitas vezes são deixados sozinhos, suportando o ônus que essa nobre missão implica.

Diante desse cenário, surge a seguinte pergunta: como podemos resgatar a compaixão e o amor ao próximo em um mundo cada vez mais voltado para si mesmo?

Ao refletir sobre essa questão, recordo-me das palavras de Jesus em Mateus 22:39: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Será que, ao abraçar essa máxima, as pessoas que, em grande maioria, se dizem cristãs, podem transformar a indiferença em compaixão e construir uma sociedade mais solidária e acolhedora?