Jair Bolsonaro vai ser investigado pelas acusações de interferência em processos judiciais contra ele. As denúncias são do ex- Ministro da Justiça, Sérgio Moro, que se demitiu semana passada
A abertura do inquérito foi determinado por um juiz do Supremo Tribunal Federal, STF, do Brasil, na sequência das acusações de alegada interferência em processos judiciais contra o Presidente Jair Bolsonaro.
Ao deixar o Governo do Brasil, Sérgio Moro, teceu críticas a Bolsonaro, e a Justiça quer confirmar as denúncias.
“A análise da petição formulada pelo Senhor Procurador-Geral da República revela práticas alegadamente delituosas que teriam sido cometidas pelo senhor Presidente da República em contexto que as vincularia ao exercício do mandato presidencial, circunstância essa que afastaria a possibilidade de útil invocação, pelo Chefe do Poder Executivo da União, da cláusula de ‘imunidade penal temporária’”, lê-se na decisão do juiz Celso de Mello, citada por vários órgãos Brasileiros, e retomada pela Agência Lusa.
A Polícia Federal tem 60 dias para interrogar o antigo Ministro Sérgio Moro, sobre as suas acusações.
O PGR do Brasil, havia pedido, na sexta-feira, ao STF a abertura de um inquérito para apurar as acusações feitas pelo antigo Ministro contra o Presidente Bolsonaro.
O pedido aponta eventual ocorrência dos crimes de “falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de Justiça, corrupção passiva privilegiada, denúncia caluniosa e crime contra a honra”.
O Presidente vai ser investigado mas caso não se confirmar, será Sérgio Moro a responder por crime de denúncia caluniosa.
O antigo Ministro da Justiça deixou o cargo por incompatibilidades com o PR, alegando que Bolsonaro exonerou a liderança da Polícia Federal porque pretende ter acesso às investigações judiciais, algumas das quais envolvem os seus próprios filhos e/ou aliados.
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