Abraão Vicente diz-se ofendido com decisão do PAICV em chumbar proposta de aumento do endividamento público

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Ministro da Cultura fez essas considerações à márgem da sua audição na 5.ª Comissão Especializada de Educação, Cultura, Saúde, Juventude, Desporto e Questões Sociais, no âmbito do debate na especialidade do Orçamento do Estado para o ano económico 2021 para o setor da Cultura e das Indústrias Criativas

O Ministro disse hoje estar ofendido com a decisão do PAICV em chumbar a proposta de aumento do endividamento público proposto pelo Governo, na última sessão da Assembleia Nacional.

Abraão Vicente lamentou o fato de uma Opsição como PAICV, que “aspira o poder” ter bloquiado a proposta que segundo considerou não é para comprar aviões e iates, mas, sim, “para dar seguimento à normal vida das instituições no País”.

O governante que falava à margem da sua audição na 5.ª Comissão Especializada de Educação, Cultura, Saúde, Juventude, Desporto e Questões Sociais, no âmbito do debate na especialidade do Orçamento do Estado para o ano económico 2021 para o setor da Cultura e das Indústrias Criativas, afirmou ainda que devido a esse chumbo vários projetos terão de ser “cancelados”, como o dossiê que permitiria a Tabanca se candidatar a Património da Humanidade, bem como projetos inseridos na lista indicativa da UNESCO, que estavam previstos iniciar em São Filipe, na Ilha do Fogo, em Nova Sintra, na Brava Brava, e a candidatura conjunta com Portugal das festas de São João e os habituais editais lançados anualmente pelo Governo, assim como a implementação do PCCS da Biblioteca Nacional, do Arquivo Nacional e do Instituto do Património Cultural.

“Na sequência do chumbo, Cabo Verde terá que priorizar, obviamente, o Plano Nacional de vacinação e este plano implica comprar as vacinas, através de financiamento e de endividamento, criar as condições para o armazenamento das vacinas e como é óbvio o Ministério da Cultura terá um corte por volta de 112 mil contos”, precisou.

Ainda devido a esse chumbo do PAICV, o Ministro anunciou que o dossiê de candidatura do ex-Campo de Concentração do Tarrafal a Património da Humanidade e os projetos das Ilhas inscritas na lista indicativa da UNESCO ficam suspensas, por falta de verba, uma vez que o Ministério esperava conseguir mais verbas com o aumento do limite do endividamento interno fixado anualmente em 3% para 4,5% em 2021.



1 COMENTÁRIO

  1. O Paicv admite, com esta decisão, que dá como certa a derrota nas eleições de março de 21. Como se sabe, este orçamento é para o ano fiscal de 2021. Os fanáticos que rodeiam JHA convenceram à rapariga de que, votando favoravelmente, estaria o Paicv a dar instrumentos eleitoralistas ao MpD. Bobagem! Com as eleições que o Paicv diz que iria ganhar, revendo-se ou não neste OGE, quem ganhar as eleições tem de o executar, porque é uma decisão da AN. Se ganhar as eleições o Paicv terá a chance de elaborar seu novo OGE, coisa pouco provável, como já admite o Paicv. Mas até dispor de uma maioria com os seus novos amiguinhos da Ucid, leva tempo. Daí que perde o paicv, perde o País e perde a credibilidade a certeza na vitória que todos os tambarinas já admitiam, após vitória na Praia. Ao MpD não resta outra saída que não seja culpar o Paicv por uma eventual agudização da situação. Se entretanto tiver sucessos, tem razões de sobras para apropriar.

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