A decisão será tomada por um juiz em Melbourne na quarta-feira da próxima semana. Contra o número 3 do Vaticano recaem acusações de abusos de menores
O Papa Francisco mantém licença ao seu colaborador para responder na justiça sobre alegados casos de violação de menores, acusações que o Cardeal rejeita.
O Cardeal australiano George Pell, de 76 nos, vai mesmo a julgamento, acusado de abusos sexuais sobre menores.
Depois de uma audição inicial, o tribunal decidiu que existem razões para levar o clérigo a julgamento. Pell, entretanto, tem negado consistentemente as acusações que sobre ele pendem.
Número 3 da hierarquia da Igreja Católica e responsável pela reforma das finanças da Santa Sé, o australiano tem licença do Papa Francisco para regressar ao seu país e fazer a sua defesa.
Em junho de 2017, o Cardeal foi formalmente acusado de “crimes de agressão sexual”, que terão sido cometidos há vários anos e que ele desmente. Nem a idades das presumíveis vítimas, nem a natureza exata dos crimes foram divulgados, e as autoridades australianas limitaram-se a referir que existem “múltiplos queixosos”.
Uma juíza que lidera o processo aceitou “provas” de três pessoas, que terão revelado abusos cometidos alegadamente por Pell numa mesma localização que entretanto não foi revelada.
Nomeado Arcebispo de Melbourne em 1996 e de Sydney em 2001, George Pell foi escolhido em 2014 pelo Santo Padre para “arrumar” as finanças do Vaticano que há anos sofrem ataques dos críticos por falta de transparência.
