Posição defendida pelo Primeiro-Ministro, hoje no Parlamento, durante o debate sobre “Alterações climáticas. A contribuição de Cabo Verde”
Ulisses Correia e Silva destacou a preocupação de Cabo Verde em relação às mudanças climáticas, afirmando que, embora o País tenha uma contribuição mínima para o aquecimento global, sofre impactos significativos desses fenómenos.
O Primeiro-Ministro ressaltou que Cabo Verde encontra-se na 11.ª posição mundial em risco de desastres, apesar de ser o 76.º País mais preparado para lidar com as mudanças climáticas, entre 185 países.
Alertou para os principais riscos para o País até 2100, incluindo a redução da precipitação, aumento da probabilidade de chuvas intensas, aumento da temperatura média anual e elevação do nível do mar.
O Chefe do Executivo afirmou que o Governo incluiu a ação climática como uma das maiores prioridades, visando reduzir as emissões em 38% até 2030 e atingir a neutralidade carbónica em 2050, com foco na adaptação e resiliência.
“Temos conseguido avanços no domínio do financiamento climático e ambiental, com destaque para Acordo com o Governo Português para a transformação da dívida em financiamento climático, que poderá atingir 140 milhões de Euros”, disse.
Ulisses Correia e Silva enfatizou que a ação climática é crucial para o desenvolvimento sustentável de Cabo Verde e deve ser um compromisso nacional de longo prazo.
“Pensar global, a longo prazo e agir localmente agora. É isso que temos feito, é isso que temos que continuar a fazer”, finalizou.