ACLCVBG apresenta projeto “Namoro ku Love”

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Objetivo é evitar situações de conflito, cultivar novas formas de relacionamento e uma cultura de Paz

O projeto “Namoro ku Love” foi hoje à Escola Pedro Gomes, em Achada Santo António, na Cidade da Praia, que tem trabalhado a inclusão e a igualdade de género, tendo, neste sentido, ganhado este ano o prémio Direitos Humanos na Categoria “Escola Amiga dos Direitos Humanos”.

O “Namoro ku Love” é, entretanto, um projeto para os adolescentes e jovens e tem como propósito despertá-los para a necessidade de hoje cultivarem novas formas de relacionamento com os colegas, amigos e familiares evitando, assim, situações de violência ou de conflito.

Para a Presidente da Associação Cabo-verdiana de Luta Contra a VBG, Vicenta Fernandes, “é urgente e necessário” que tenham uma cultura de Paz e, para tal, é preciso que também tenham relacionamentos à base da compreensão, da amizade, do amor, da doação e da partilha.

Para o projeto “Namoro ku Love”, explicou Vicenta Fernandes, haverá especialistas da área da comunicação, psicologia e género para acompanharem alunos de uma turma. A esses alunos, prossegue, serão disponibilizados telemóveis para gravações do seu dia-a-dia em casa, a caminho da escola e na escola que serão depois avaliados pelos especialistas que, ao mesmo tempo, os ajudará a corrigir aspetos necessários para uma relação saudável.

Na Escola Pedro Gomes, garantiu a Diretora Constantina Afonso, os alunos já estão sensibilizados sobre a Violência Baseada em Género e a necessidade de uma cultura de Paz. Ainda assim, disseram os alunos Eliane Alves e Ivanilson de Pina, “o conhecimento é sempre bom para ajudar-nos a ter e a cultivar o amor ao próximo e a denunciar a violência quando acontece no sentido de combatê-la”.

O lançamento do referido projeto, que conta com o financiamento da Embaixada da Holanda, é feito no mesmo dia em que a Associação Cabo-verdiana de Luta Contra a VBG realiza uma marcha de encerramento dos 16 Dias de Ativismo contra a Violência de Género.

Uma marcha, adiantou Vicenta Fernandes, que envolve uma boa parte das escolas da Capital.