Afeganistão está à beira de um colapso económico

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Constatação é do chefe da diplomacia do Paquistão que considera ser “imperativo” a comunidade internacional apoiar “com urgência” o recomeço da ajuda humanitária

A posição do Ministro Paquistanês dos Negócios Estrangeiros, Shah Mehmood Qureshi, foi expendida durante a abertura da reunião da designada “troika ampliada”, na qual participa o novo enviado Norte-americano ao Afeganistão, Thomas West, além de diplomatas Chineses e Russos.

Qureshi declarou que o Afeganistão “está hoje à beira do colapso económico”, daí considerar “imperativo” a comunidade internacional apoiar “com urgência” o recomeço da ajuda humanitária no País.

Se a situação piorar, a capacidade do novo regime talibã para governar o País será “severamente limitada”, adicionou.

Segundo ele, é preciso que o Afeganistão tenha acesso aos fundos bloqueados por doadores ocidentais desde que os talibãs assumiram o controlo do País em agosto último.

Esse apoio “ajudará os nossos esforços para relançar as atividades económicas e tornar a economia Afegã estável e sustentável”, disse.
As medidas também beneficiarão os países ocidentais, garantiu.

“Se pensam que está longe, que a Europa está segura e que essas áreas não serão afetadas pelo terrorismo, não esqueçam a história”, afirmou o Ministro Paquistanês, instando a aprender com o passado. “E não queremos cometer os mesmos erros novamente”, referiu.

O Governo dos talibãs ainda não foi reconhecido pela comunidade internacional e a já precária economia está em queda, com uma moeda nacional, o Afegâni, fortemente desvalorizada.
O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional suspenderam a sua ajuda, ao passo que as Nações Unidas advertiram repetidamente, nas últimas semanas, que o Afeganistão está à beira de uma crise humanitária muito grave, com metade da sua população em risco de ficar sem alimentos.