África não tem de escolher entre EUA e China, diz Antony Blinken

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O Secretário de Estado Norte-americano defendeu hoje que “os Africanos não têm de escolher” no contexto de rivalidades crescentes entre a China e os Estados Unidos, assegurando que os EUA podem “oferecer mais em matéria de direitos democráticos”

Dias antes de a China realizar uma cimeira com África no Senegal, o chefe da diplomacia Norte-americano, Antony Blinken, disse hoje na Nigéria que o Presidente dos EUA, Joe Biden, tenciona organizar igualmente uma reunião de alto nível com os líderes do Continente.

Num discurso na sede da CEDEAO, em Abuja, Nigéria, Antony Blinken não fez nenhuma menção explícita à China, mas disse que sabia que os Africanos estavam “desconfiados das amarras” que frequentemente acompanham os compromissos estrangeiros. “Quero ser claro: os EUA não querem limitar as vossas parcerias com outros países”, disse o diplomata.

Antony Blinken declarou: “Queremos reforçar ainda mais as nossas parcerias. Não queremos que façam uma escolha. Queremos dar-vos escolhas”. “A nossa abordagem será sustentável, transparente e orientada para o valor”, acrescentou o chefe da diplomacia Norte-americano, reconhecendo, entretanto, a desconfiança de muitos países Africanos.

“Demasiadas vezes, os países Africanos têm sido tratados como parceiros juniores, em vez de parceiros iguais”, disse. “E somos sensíveis ao facto de séculos de colonialismo, escravatura e exploração terem deixado legados dolorosos que perduram”, explicou.

O governante disse que a administração Biden “acredita firmemente que é tempo de deixar de tratar a África como uma questão geopolítica e começar a tratá-la como o principal ator geopolítico em que se tornou”.