Este dado e outros constam do estudo de impacto das medidas de prevenção do Covid-19 em Cabo Verde, levado a cabo pela Afrosondagem
Um estudo encomendado pelo Governo, para avaliar o impacto das medidas de prevenção do Covid-19, entrevistou 1.352 indivíduos maiores de 18 anos, nas Ilhas de Santiago (Praia e Interior), São Vicente, Sal e Boa Vista.
O estudo que tem um intervalo de confiança de 95% e uma margem de erro de 5%, indica que aproximadamente 9 em cada 10 entrevistados, ou seja 88,3% dizem-se “preocupados/muito preocupados” com o risco de apanhar o vírus.
O referido estudo revela, no entanto, que 92% da população Cabo-verdiana considera “apropriadas/totalmente apropriadas” as medidas de prevenção adotadas pelo Governo de Ulisses Correia e Silva, para fazer face à pandemia do Covid-19. Uma avaliação que colhe “maior proporção” junto aos residentes da Praia e do Interior de Santiago, seguido dos residentes em São Vicente e no Sal.
Das outras conclusões saídas do estudo, destaca-se o fato de 78,2% da população afirmar estar “confiante/muito confiante” na capacidade de resposta dos serviços de saúde, na prevenção da propagação da pandemia. É no Interior de Santiago e na Praia que essa crença “é mais acentuada”, ao passo que em sentido contrário estão os residentes nas ilhas do Sal, 26,7%, e em São Vicente, 15,5%, que s mostram “mais céticos”, liderando assim, a proporção dos residentes que admitem estar “pouco confiantes” na capacidade de resposta dos serviços de saúde.
Nos cinco pontos em que o estudo foi realizado, as populações “valoram altamente” as medidas de prevenção adotadas pelo Governo nacional “com destaque” pela declaração do estado de emergência. A última “colhe a aprovação” de mais de 95% do universo dos respondentes, precisa o estudo que vimos citando.
O isolamento social é, igualmente, bem avaliado com “mais de 96%” dos inquiridos a admitirem “concordar/concordar muito” com a medida, tal como em relação à medida de quarentena para as pessoas que tiveram contato com infetados. 97% dos entrevistados admitem “concordar/concordar muito” com a medida.
Quanto a outras medidas, como o fecho das fronteiras, marítimas e aeroportuárias, obrigatoriedade de distanciamento e o uso de máscaras nos serviços públicos e transportes, respetivamente, 95,2, 98,2% e 96,5% avaliam positivamente.
Em relação à medida de passagem administrativa dos estudantes, com base nas avaliações dos dois primeiros trimestres do ano letivo, as opiniões dividem-se, mas a maioria, 70,2%, “concorda/concorda plenamente” com a decisão. É na Ilha de Santiago que a concordância ganha “maior expressão”.
Ainda no capítulo do ensino, 76% dos entrevistados aplaudem a iniciativa de tele e rádio aulas, bem como o recurso à Internet. De uma forma geral, é avaliada “positivamente” a prestação dos diferentes intervenientes na procura e adoção de medidas ajustadas para a prevenção e combate à pandemia e seus principais determinantes. Tanto a Presidência da República, 69%, o Parlamento, 55,9%, e o Governo, 67,9%, merecem “avaliação favorável” da maioria dos respondentes que valoram de “bom/muito bom” a prestação destes três Órgãos de Soberania.
Confira no link o estudo na íntegra.
Feitas bem as contas, temos as seguintes situações: a) todos os beneficiários dos programas implementados estão cientes das possibilidades e limitações deste País; b) todos os cabo-verdianos sabem que estamos lidar com doença que ninguém conhece, ninguém domina e que tem implicações económicas, sociais, sanitárias e outras; c) todos os cabo-verdianos sabem e reconhecem que aquilo que o Governo coloca à disposição dos menos favorecidos, neste momento de exceção, provém das empresas e dos trabalhadores que pagam seus impostos e que se revertem, em momentos de crise, em favor dos que mais necessitam; d) todos aqueles que estão fora do “Facebook” reconhecem e agradecem mas pedem mais da sociedade como um todo pela generosidade das medidas; e) já os do contra, naturalmente estão infelizes, não com as medidas, mas com o reconhecimento daquele que beneficiaram das mesmas medidas. Que não falte refeições na mesa de cada crioulo rico ou pobre; que não falte remédio para quem precisar e na hora que precisar; que não falte água no pote ou moringo ou geleira de cada família; que não falte escola para os que precisam concluir seus ciclos e avançar para as universidades; que não falte recursos aos municípios para recolher o lixo que nós produzimos e jogamos na rua e porta de nossas casas; que não falte ânimo do Governo e não se acomodar e continuar a fazer mais e melhor; que Deus consolação às famílias que perderam seus queridos; que Deus acolha no seu seio todos os nossos irmãos vítimas desta doença. Por fim, para o bem da nossa democracia, que não faltem vozes discordantes na nossa sociedade. Disse!
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