Cabo Verde acaba de renovar o acordo de pesca com a União Europeia. “O melhor” de sempre, realçou o Chefe do Governo. Fomos comparar os números do atual e anterior acordo
OPAÍS comparou os dois últimos acordos. O acabado de renovar pelo Governo do MpD e o anterior, assinado em 2014, pelo então Governo da república.
As diferenças estão nos números conforme pudemos constatar. Primeiro, o atual acordo é para 5 anos, e permite pescar até 8 mil toneladas ao ano, enquanto que o anterior é de 4 anos e permite até 5 mil toneladas de pescado.
O que mais se destaca são as contrapartidas financeiras. O novo indica um encaixe na ordem dos 3.750.000.00 euros no horizonte de 5 anos, ao passo que o acordo em vigor entre 2014/2008 ficaria nos 2.100.000.00 euros.
A taxa dos armadores (pela pesca nos nossos mares) mais que duplica, e oscila de 1.200.000 euros em 4 anos, para 3.000.000 euros, em 5 anos, deixando de ser 300 mil euros/anos para passar a ser 600 mil euros ao ano.
Em termos globais, Cabo Verde regista um saldo muito positivo, passando dos atuais 3.300.000.00 euros para 6.750.000.00 no horizonte 2019/2023.
Os dados do novo protocolo adotado com a UE na passada sexta-feira, 12, em Bruxelas, foram na última quarta-feira, 17, apresentados na Cidade da Praia num encontro com a imprensa pelo Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva, ao lado dos Ministros dos Negócios Estrangeiros e da Economia Marítima.
Na ocasião, o PM destacou que Cabo Verde conseguiu “o melhor acordo” de sempre a nível de pescas com a UE, e referiu que “questões estratégicas” para o desenvolvimento do setor das pescas e da economia azul “foram colocadas como foco central” do processo negocial.