Amadeu Cruz focado na prossecução das políticas que visam qualificação do ensino 

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No dia em que foi investido como Ministro da Educação, Amadeu Cruz garante ao OPAÍS.cv estar em condições de “assegurar o funcionamento” do Ministério na perspetiva da “consolidação” das reformas introduzidas ao nível do ensino básico e preparar a “conceptualização e a estruturação curricular” da reforma do ensino secundário, via geral e via técnica

Em entrevista que nos concedeu, esta terça-feira, 8, o novo Ministro da Educação admite que há tempo para se estabelecer um “pacto” com os professores e com os sindicatos visando “resolver paulatinamente” pendências que ainda persistem e estabilizar a gestão das carreiras profissionais dos professores.

O novo Ministro promete “total disponibilidade” para um “diálogo colaborativo” com professores, funcionários e com os sindicatos. O que se quer é uma procura dos “melhores entendimentos” em prol da classe e da Educação como um todo.

OPAÍS.cv – Ascende agora a Ministro, num setor que bem conhece na qualidade de Secretário de Estado. O que se pode esperar do seu consulado?

Amadeu Cruz – De fato conheço bem o setor do ensino superior e estou em condições de assegurar o funcionamento do Ministério da Educação na perspetiva da consolidação das reformas introduzidas ao nível do ensino básico e preparar a conceptualização e a estruturação curricular da reforma do ensino secundário, via geral e via técnica.

Estaremos focados na prossecução das políticas que visam a qualificação do ensino numa ótica de construção de uma Sociedade cosmopolita, com forte conhecimento de línguas estrangeiras e das ciências e tecnologias, para favorecer a interação das novas gerações com as dinâmicas mundiais, nomeadamente decorrentes da revolução digital em curso.

Estamos ainda no início do ano letivo marcado entretanto pela pandemia da Covid-19 que tem colocado vários desafios ao sistema nacional de ensino. O que vai fazer ou pretende fazer agora como Ministro para atenuar os constrangimentos?

Apesar de todos os constrangimentos impostos pela incidência da Covid-19, o regresso das crianças e adolescentes às escolas decorreu de forma relativamente normal. Considero até que o regresso dos jovens ao ambiente escolar tem favorecido a disseminação das boas práticas de conduta social de contenção e combate à propagação da Covid-19. Vamos agora reforçar as capacidades tecnológicas de resposta aos desafios do ensino à distância e a formação contínua dos professores para podermos continuar o processo de inovação e de consolidação do sistema de ensino, neste contexto de enormes exigências.

Tem cerca 4 meses para mostrar serviço. Acredita haver tempo para algumas reformas ou apenas dar seguimento às políticas já adotadas pela sua antecessora?

Sou realista, mas acredito que teremos ainda a possibilidade de estabelecer um pacto com os professores e com os sindicatos no sentido de resolvermos paulatinamente pendências que ainda persistem e estabilizar a gestão das carreiras profissionais dos professores. Também esperamos poder trabalhar na conceptualização da reforma do ensino secundário e criar a implementação do plano de formação inicial e contínua de professores, tendo como objetivo maior a melhoria continuada das condições do exercício da profissão e do sistema educativo, com foco nos alunos e na qualidade das aprendizagens.

Que dizer a quantos labutam neste setor importante que é a educação? O que espera encontrar?

Os professores e os funcionários podem contar com a minha total disponibilidade para o diálogo colaborativo, envolvendo os sindicatos, sempre à procura dos melhores entendimentos em prol da classe e da Educação como um todo.