Amadeu Oliveira abandona julgamento e entra em “modo resistência”

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Julgamento não aconteceu e o advogado-arguido também não compareceu perante os Juizes do Supremo Tribunal de Justiça para defender o seu constituinte Arlindo Teixeira

O caso Amadeu Oliveira continua a dar muito que falar. Se na sessão de terça-feira, o advogado e arguido tinha sido expulso da sala de audiência por alegadamente ter protestado continuadamente contra as decisões da Juiza durante a audiência, hoje é o próprio que abandonou a sala.

De acordo com o próprio Amadeu Oliveira, isso aconteceu porque a Juiza Ivanilda Varela decidiu mudar a sala de audiência e julgá-lo sem a presença do público. Oliveira alega que o seu julgamento é público por isso não entrará na sala sozinho, porque “a assistência do público não é decidida pela Juiza, mas sim pela Constituição”.

“Quando cheguei, às 8h30, a Juíza queria meter-me numa sala pequena e não aceitei porque o julgamento é feito em nome do povo”, referiu Oliveira.

Depois de algumas horas à espera para o início do julgamento, Amadeu Oliveira decidiu abandonar o seu julgamento e ir a um outro julgamento, no Supremo Tribunal de Justiça, onde iria defender o cidadão Arlindo Teixeira.

No local, aconteceu mais “um episódio da novela Amadeu Oliveira”. O advogado não compareceu perante os Juizes para defender o seu constituinte, porque não foi permitido a entrada de mais pessoas nesse julgamento.

“A Constituição diz que o povo tem direito a assistir a audiência e por isso não aceito ser julgado em segredo e nem permito que Arlindo Teixeira seja julgado em segredo. No mínimo deviam permitir que eu entrasse com os advogados e mais cinco pessoas”, sublinhou, acrescentando que “querem é afastar o povo de assistir tudo o que vai acontecer para ficar em segredo. Não aceito, podem me prender, me colocar numa cela sem casa de banho e sem lençol como da outra vez, mas não vou aceitar mais este abuso” precisou para mais adiante afirmar que a apartir de agora entrou em “modo resistência”.



1 COMENTÁRIO

  1. As incongruências de um Amadeu perdido em suas fantasias. Afinal, ele acusa a juíza de estar a responder um processo e, por conta disso, impedida de o julgar, sendo que ele próprio responde por um processo crime, e nem por isso, impedido de defender um acusado. Depois, não comparece a uma audiência com a justificativa de só falar para a audiência, para transformar a sala de audiências em sala de espetáculos para condicionar os juízes, confundindo seu julgamento por ofensas com o juri popular. Amadeu se esquece de que a culpabilidade ou a inocência não é objeto de referendo da audiência. Amadeu começa a entrar em pânico e acha que está em um show de TV.

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