1. Como afirmei há dias, Cabo Verde desce 16 lugares no Ranking da liberdade de Imprensa em 2013 e JMN diz que se trata de uma descida ligeira e desvaloriza, pois que Cabo Verde continua a ser campeão da democracia. Cabo Verde hoje é penalizado até por fatores que não controla como a pequenez do mercado e não ter jornalismo de investigação. Desce também porque os jornalistas fazem… auto-censura, mas não se percebe porquê, se não são presos, maltratados ou despedidos e a oposição reina na Comunicação Social do Estado.
2. Mas queria abordar um outro assunto. O Governo de Ulisses Correia e Silva foi corajoso, fazendo o país alinhar com as melhores práticas internacionais. Em quase todos os países democráticos a classe politica e dirigente viaja na classe económica. Quem quer viajar na executiva paga do seu bolso. Em Cabo Verde e em quase toda a África a classe política e dirigente prefere pagar mais e dobro do bilhete de passagem para viajar na executiva, com estilo e “bafozafaria” à custa dos nossos impostos, até que UCS resolveu pôr fim a isso no orçamento de 2023, passando todos, todos, a viajar em económica para viagens de duração não superior a 4h30, com exceção apenas para PR, PAN e PM. Isso representa uma enorme poupança do Estado e valoriza o esforço dos nossos parceiros internacionais que nos dão ajuda e os seus dirigentes viajam em classe económica.
3. Que faz JMN? Manda a lei para o Tribunal Constitucional, pois que está a retirar privilégios à classe política, ao seu Estatuto. O Governo quer diminuir gastos com viagens e o PR acha que isso é inconstitucional, pois que viola o Estatuto da Classe política, mas por mais que eu leia tal estatuto não encontro nenhuma disposição que lhes garanta viagens em lugares de luxo. Estatuto devia preocupar-se com os poderes e responsabilização dos dirigentes e não com suas mordomias que representam sacrifícios para quem paga impostos e sofre as agruras da vida.
4. Mas como não foi JMN a propor tal medida…. acha por bem inviabilizá-la. É este o Presidente do Povo.
