Antigo Autarca da Praia defende Zona Económica Especial em Santiago Norte

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Uma iniciativa “genuína da Sociedade civil” está a idealizar uma região especial no Norte de Santiago, com foco na agroindústria, agronegócio, economia verde e ciências da terra

Jacinto Santos, Presidente da Plataforma das ONG’s, defende a criação de uma Zona Económica Especial para a região de Santiago Norte, instituição que no seu entender será centrado na agroindústria, agronegócio, economia verde e ciências da terra.

O antigo Autarca da Capital Cabo-verdiana admite que, “mais cedo ou mais tarde”, Praia, São Domingos e Ribeira Grande irão se transformar numa zona metropolitana da Praia, em Santiago Sul, região que no dizer do ativista já tem a sua vocação de desenvolvimento “praticamente” estabelecida.

Jacinto Santos que falava ontem ao programa “Discurso Direto” da RCV, sustentou que “na conjugação” de duas visões, se pode fazer uma Ilha de Santiago “potenciadora, acrescente de valor ao desenvolvimento” de Cabo Verde e que cria mecanismos para “solidariamente distribuir” as riquezas geradas, na maior Ilha do País.

Primeiro Presidente eleito da Câmara Municipal da Praia, em 1991, Jacinto Santos recusa a ideia de que a sua proposta seja uma disputa com o fato de a Ilha de São Vicente ter sido já contemplada com uma Zona Económica Especial Marítima.

Segundo avançou, esta é uma iniciativa “genuína da Sociedade civil” que está a idealizar a referida região especial no Norte de Santiago.

Já na sexta-feira, 24, haverá um encontro que deverá definir as orientações de trabalho. O grupo, adiantou, Jacinto Santos, irá aproveitar a reunião para “definir metodologia” de trabalho, pois que o grupo pretende definir uma agenda para o horizonte 2030.



6 COMENTÁRIOS

  1. O Jacintos Santos defina me por favor o que é agronegócios ? Quanto à agro indústria com que matérias primas ? O curioso é que pessoas que nunca cultivaram um litro de sementeira como é o caso deste Senhor fala de cátedra em agricultura. Só em Cabo Verde. Mas, enfim, se se gastaram milhões na construção de barragens, também pode se gastar milhões na agricultura que nunca será senão de subsistência. Cabo Verde é um país rico de ideias perigrinas,

  2. Além dos referidos, eu acrescentava pelo menos os seguintes ramos de actividade: turismo rural (e turismo de mar e praia), pesca e indústrias conexas.

  3. Caro amigo Jacinto, sei que és um activista social por excelência que deu um grande contributo na montagem do movimento cooperativo dos anos 70. Creio que ainda continua enraizada em ti a curta visão, consequência desse passado, da escala e dimensão mundial, a grandeza dos objectivos do que encerra uma Zona Económica Especial na proporção daquilo que se pretende para São Vicente. A proposta agora abraçada por esse tal movimento de cidadania “genuína” da cidade da Praia (deve ser genuína de facto, porque até agora essa expressão e sentido prático da palavra não tem encontrado tradução no quotidiano dos praienses que sempre estiveram voltados para os seus umbigos, ao contrário de São Vicente…), dizia, essa proposta na sua extensão e conteúdo é curta e não vejo nenhuma viabilidade possivel dela se afirmar. Creio que foi mais uma atirada daquelas do Djassa para fazer o efeito arco irís para tentar rivalizar com S, Vicente e retirar a esta, a Centralidade que passou a ter com aprovação da lei.

  4. Feliz e inovadora iniciativa, com visão do presente e do futuro. Contem com o meu apoio incondicional. Cumprimentos!

  5. Com o devido respeito pela posição assumida “genuinamente por um grupo da sociedade civil” e agora defendida pelo ilustre Jacinto Santos, para o mesmo fim, defenderia uma visão única e integral para toda a ilha.
    Pois, se o objetivo principal é a união e coesão da região para se tornar mais forte e competitiva para poder vencer com maior sucesso os desafios do desenvolvimento e o mais harmonioso e sustentável possível, então esse mesmo princípio continua válido e ainda por cima mais racional em termos geo-estratégicos que seja aplicado à ilha no seu conjunto.
    É que nessa perspetiva, se concretizadas racionalmente as premissas defendidas, o sucesso do desenvolvimento que se pretende simultaneamente harmonioso e sustentável já seria para TODA a ilha enquanto única unidade territorial de intervenção e obviamente para a plena e integral satisfação das necessidades básicas e consequente felicidade também de TODOS os Santiaguenses e asssim juntamente com os demais conterrâneos espalhados pelas ilhas no torrão natal e nas Diásporas desfrutarem da prometida felicidade coletiva do desenvolvimento do país.
    Portanto, defendo que a prioridade de TODOS os Santiaguenses e em particular dos seus Políticos deveria centrar-se na assunção e promoção de uma verdadeira e abrangente interiorização e assimilação do conceito e espírito da unicidade territorial de Santiago e consequentemente de unicidade também sobre a visão estratégica da sua missão e objetivos geo-políticos e geo-estratégicos de longo prazo no contexto nacional de desenvolvimento do país.
    Se TODOS percebermos o quanto é importante senão mesmo imprescindível para o sucesso do desenvolvimento da ilha no seu CONJUNTO então mais facilmente também concluiremos o quanto ela deve ser vista, pensada e projetada a longo prazo como uma única unidade territorial que entretanto se complementam, quer por regiões e quer por concelhos ou outras parcelas territoriais, em função da especialização que melhor decorre da vocação e consequente exploração racionalmente estratégica mas também ambientalmente sustentável das suas diversas e quiçá competitivas potencialidades atuais e previsíveis enquanto ILHA e não fragmentada por Regiões (Norte e Sul) que, no caso, só a enfraquece e fragiliza tanto na sadia competição nacional como na já feroz do mercado externo.

  6. Cabo Verde Provincia Ultramarina, liberdade, 25 de Abril, Independencia, partido unico, melhores filhos, abertura politica, transicao humana, movimento democratico, democracia, II Republica, mama fundo e profundo e abencoado do sistema. Para estes, mau grado milhares sem horizonte de emprego vem ai a ubri da mama que nao seca.
    E a vida

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