Manuel Veiga que integrou um dos Executivos de José Maria Neves, com a pasta da Cultura, acusa seus colegas do PAICV de não saberem “distinguir um ganho menor de uma perda colossal”
O chumbo ao Estatuto Administrativo Especial da Cidade da Praia, continua a dar que falar, sobretudo nas redes sociais. É ali que o antigo Ministro da Cultura, Manuel Veiga, expressou seu desapontamento com o próprio PAICV que com voto abstenção, inviabilizou a Praia de ter o seu Estatuto Especial.
“O que aconteceu (…), na Casa Parlamentar, no debate que visava a regulamentação de um Estatuto Especial para a Cidade Capital, deixou-me profundamente desapontado”, escreveu na sua conta pessoal.
Manuel Veiga observou que faltou aos seus colegas de Partido “distinguir um ganho menor de uma perda colossal. Infelizmente, o meu Partido não soube fazer essa distinção”, criticou.
“E quem sabe o quanto custou o reconhecimento do estatuto de Cidade ao Município da Praia; quem sabe quem e de onde eram os que enfrentaram o poder de uma realeza para a defesa do estatuto de Cidade à Praia, só pode ficar desapontado com o sentido do voto que prevaleceu, no Parlamento”, acrescentou, para de seguida admitir compreender as razões que levaram os Deputados do PAICV e da UCID a inviabilizar o Estatuto Especial.
“Pode-se compreender que, por razões eleitorais e por medo de ver o seu rosto figurar num placar antidemocrático, alguém, decida cuspir no prato que come e vai continuar a comer. Porém, o que de maneira nenhuma se compreende é ver alguém, por um ganho menor, decidir pôr em causa uma secular conquista que custou suor e luta renhida dos seus antepassados”, continuou.
O antigo governante, hoje docente universitário saudou, no entanto, o que chama de “voto positivo” daqueles que “honraram” o seu estatuto de Deputado.
“Para os que ontem e hoje votaram contra a própria Carta Magna, queria dizer-lhes que a corrupção não é só roubar dinheiro; é, também, incumprir a Constituição. O que fizeram nem o filho pródigo teria o engenho e a arte de fazer”, criticou, numa clara alusão aos Deputados do PAICV que inviabilizaram, a referida proposta apresentada pelo Governo do País.
“As consequências malévolas já começaram: um “ilustre deputado” pediu já que seja feita uma revisão constitucional para eliminar o Estatuto (Especial da Praia) que a Constituição confere à Praia”, disse, numa clara referência a João do Carmo, que fez tal proposta, a partir do Mindelo, mas Veiga foi dizendo, em jeito irónico, que “não me espanta” que possa surgir um “outro ‘iluminado’” a exigir uma “mudança” da Cidade Capital da Praia para a desabitada Ilha de Santa Luzia.
Manuel veiga e’ um falso moralista que, por influência do seu amigo David, um traidor, tem andado a branquear todas as baixezas da Janira dentro do PAICV. Achou normal o desvio de recursos públicos, inclusive através do Fundo do Ambiente, para financiar a promoção da Janira a líder; Achou normal o desvio de bens da Ficase e Fundação Caboverdiana de Solidariedade para ajudar a Janira a comprar militantes; Achou normal que a maior parte dos dirigentes actuais do PAICV sejam pessoas com rabo preso por desvio de bens públicos, portanto gente com estatuto de arguido, para sair em campanha dando cara como representantes do Partido de Amílcar Cabral !? Manuel Veiga está querendo surfar a onda, como fazem os oportunistas. Estou desapontado com o comportamento da bancada do meu Partido, PAICV, mas não acredito na sinceridade de Veiga que noutras alturas mostrou incoerência de valores e princípios !
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