Antigos dirigentes do PAICV tentam dar mão a JHA no imbróglio das autárquicas no Fogo

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Devido à “extrema dificuldade” da Presidente do PAICV, em encontrar uma solução e chegar a acordos para o próximo embate autárquico, na ilha do Fogo, principalmente no Município de São Filipe, liderado pelo MpD, alguns antigos dirigentes do PAICV estão tentando ajudar

Segundo apurou OPAÍS.cv, a solução encontrada pelo PAICV passa pela desistência de uma candidatura de Luís Pires, em troca do segundo lugar na lista das legislativas de 2021. Esta opção descartaria Eva Ortet, que, seria, nesta “aritmética política” uma carta fora do baralho.

Por outro lado, Eugénio Veiga também desistiria de candidatura a Presidente da Câmara Municipal de São Filipe, e concorreria, pelo PAICV, em Santa Catarina, sendo que Nuias Silva seria o candidato em São Filipe.

Quanto à Mosteiros, mais pacífico é a candidatura de Fábio Vieira, em substituição a Carlos Fernandinho Teixeira. Mais complicada é aceitar o atual Edil dos Mosteiros como cabeça-de-lista para Fogo, nas legislativas, uma possibilidade que “chocaria claramente” com a Lei da Paridade que o próprio PAICV adotou no seu Estatuto, mas que ainda não pôde cumprir.

Nota-se que a Lei da Paridade estipula alternância de género na composição das listas concorrentes. O cenário que se desenha é de dois homens nos primeiros lugares, num círculo de 5 mandatos.

Há também quem admite a possibilidade de a própria JHA poder estar a preparar para voltar a fazer tábua rasa da Lei da Paridade, tal qual fez no recente Congresso do seu Partido, onde não se cumpriu a referida lei, na composição da maioria dos órgãos do Partido.

Outras vozes também admitem que JHA pode estar a preparar para se escudar na não inclusão da Lei da Paridade no Código Eleitoral, uma vez que se tornou extemporâneo a sua revisão – segundo a Constituição da República, não pode ser revisto nos 10 meses anteriores ao ato eleitoral. Assim sendo, o Código Eleitoral não poderá ser revisto, até as próximas eleições autárquicas, que devem acontecer em outubro deste ano, e também não poderá ser revisto nas eleições subsequentes que têm um espaçamento de 6 meses, isto sem contar com os períodos de apuramento eleitoral.



3 COMENTÁRIOS

  1. Quem tem liderado a oposição a CMSF tem sido inequivocamente o Luis Pires que não perderia as eleições de 2016 caso a JHA não tivesse ressuscitado o caduco e problemático Eugénio Veiga. Espero que o Luis Pires, conhecedor do ABC da ciência política, não seja ingênuo a ponto de embarcar na conversa fiada e abdique do seu trabalho político para liderar a desforra com o apagado Jorge Nogueira. Eugénio já nem tem base e nem tem credibilidade. O problema pode ser o Nuias que quer aproveitar a confusão e o trabalho do Luis para ganhar peso político dentro do Partido. Felizmente o Luis deu um claro sinal ao PAICV. Ou será ele o candidato do PAICV ou o PAICV vai ter de o enfrentar.

  2. Espero que os militants do PAICV,ganhem juizo e trabalhem para recuperar a CMSF.
    A Luta de galos entre Luis e Eugenio,não serve o interesse do PAICV.

  3. Li, algures, uma militante do Paicv da Calheta a chamar de “imbecis” o Presidente da República, o Primeiro Ministro, o Presidente da Assembleia Nacional, os ministros, deputados, vereadores e presidentes de câmaras eleitos pelo MpD. Achei graça como um partido daqueles consegue fechar os olhos aos seus próprios problemas e ver nos outros as suaspróprias imbeciliddes e ainda acha graça.

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