As lágrimas vermelhas do Paicv

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Foi um pequeno sismo politico que transbordou do Paicv, escondendo abalos e movimentações de placas adormecidas de um tempo para cá das suas profundezas abafadas.

As contradições, os golpes e fingimentos no Paicv queimam pior do que as lavas do Vulcão do Fogo. Só que por vezes eles são monitorados para não saírem à superfície. E, por tanta acumulação, agora essas lavas, bem rosadas e com lágrimas coloridas, transbordaram do cone vulcânico do partido e começaram a partir em pedaços de cristais da estrela negra.

A eleição do líder do Grupo Parlamentar é apenas uma faísca das ardentes lavas que percorrem e atravessam no partido. Lavas adormecidas e abafadas que começam a desapontar a sociedade e ao quadro do nosso ambiente politico. Pois, que nesse partido da estirpe do ultrapassado socialismo e da esquerda caviar, o que eles melhor sabem fazer é fingir e juntarem-se, conjuntamente, a contra-gosto, quando o assunto é assegurar e conquistar o poder. O poder que lhes serve de união e de cumplicidade, na podridão de interesses comuns.

É o nojo da politicagem de um partido que não quis se reciclar às conquistas do mundo moderno e cujos líderes continuam a fazer a apologia do indigesto regime de partido único, dos tribunais populares, milícias populares e da nojenta polícia política, em pleno século XXI e na vigência da liberdade e da nossa democracia e da Constituição de 1992. Que nojo! É verdade, que nojo! Um partido que não consegue ou que tem sérias dificuldades para eleger o seu líder de GRUPO PARLAMENTAR – chegando ao ponto de quase agressão física em plena Casa da Palavra e centro do Poder Político – entre o fracassado líder provisório, e provisório a todos os títulos imaginários (Rui Semedo) e a ex-futura líder (Janira Hopffer Almada), tem esse partido condições para lidar Cabo Verde, contando, como se sabe, com os tremendos desafios actuais deste nosso querido país, e, contando, sobretudo, com o quadro perturbante de incertezas do mundo actual? O regresso às políticas retrógadas e ultrapassadas do Paicv, seria um Deus nos acuda.



2 COMENTÁRIOS

  1. Esta adorei “esquerda caviar”. Que o PACIV é um desatre, todos nós sabemos há anos. A questão que deve ser colocada, a nos os DEMOCRATAS’ é o nosso desempenho para merecer, a partir de 2024, o lugar onde estamos. Precisamos aprimorar cada dia que passa o nosso desempenho e preparar para as eleições, as mais importantes de sempre!!!!!!

  2. A verdade é que mesmo com toda esta grave situação interna as sondagens dão vitórias expressivas ao PAICV nas autarquias de Praia , Assomada, S. Vicente, Ribeira Grande de Santo Antão, Paul e Brava. Logo o maior partido autárquico. Nas legislativas a vitória para e ser maior, seja com o Rui Semedo ou Janira.
    O motivo da derrota do MPD resulta do facto do partido não ter bases e as estruturas intermédias estão na luta por um lugar na lista. O MPD deixou de ser um partido, mas um grupo de amigos. Tarde demais ? Não l Basta mudar de política interna do partido e chamar com humildade todos os veteranos e amigos do partido que nestes últimos anos foram votados ao esquecimento. O País tem de entender que este meu comentário é um alerta e um pedido de mudança de rumo na gestão do partido. Sou eleitor sempre do MPD. Se não punlicar o meu comentário, isdo não vai alterar a realidade. A população está zangada com o MPD por várias razões. Neste momento o PAICV está ao ataque e o MPD está mal na defensiva e sem argumentos. Eu não quero ser governado por Rui Semedo e Julião Varela

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