As maluquices de Rosário da Luz

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Volta e meia, lá aparece a curiosa sra. Rosário da Luz, prenhe de parvoíces, a atacar-me no Facebook. Parece uma obsessão qualquer.

A criatura não discute ideias, nem valores nem nada.

Limita-se ao puro e reles ataque pessoal (ou ad hominem).

Isso revela, desde logo, o seu carácter, ou a completa falta dele.

Trata-se, de qualquer modo, de um truque erístico miserável que Arthur Schopenhauer já tinha identificado em pleno século XIX, mostrando a “arte” daqueles que, imbuídos da mais terrível má-fé, querem ganhar um debate sem ter razão, tentando, dir-se-ia, impressionar o auditório com sofismas e quejandos.

É apenas uma aldrabice de esquina, cuja estrutura (i)lógica é a seguinte:

Immanuel Kant defende a proposição B;

Há alguma característica (pessoal) julgada negativa em Kant.

Logo, a proposição B é falsa!

Como se percebe facilmente, isso não é argumentação nenhuma.

Não desmonta rigorosamente nada.

É, de facto, pura aldrabice e empulhação.

No entanto, é essa a técnica preferida da dona Rosário, com as suas tropelias do Facebook.

Vejam, estimados leitores, o grau de ordinarice, aliás gratuita, da Rosário da Luz, que só num país do terceiro-mundo consegue passar por “analista política” (kkkk).

Vejam o que essa criatura “escreveu”, muito recentemente, a respeito da minha pessoa:

“ Bom dia nha POV

Hitler era um gajo mau? Era; mas não fosse ter embrulhado o povo alemão, teria morrido sozinho e abandonado num bairro qualquer de Viena, a falar kontina ao espelho. O problema não foi a maldade de Hitler; foi a legitimação da sua maldade pelo povo alemão.

Eu não tenho qualquer problema com a megalomania sociopáta ou com a superficialidade intelectual demente deste gajo; o meu problema é com  a legitimação desta irracionalidade pelo estado: um chefe de governo doido o suficiente para empregar esta figura como conselheiro pulitikus, no less e um jornal que se posiciona como porta voz do governo que lhe dá espaço editorial para cuspir baba e ranho sobre a honra do povo Cabo-verdiano.

A sério, pessoal? Será que andaram em orgias com o gajo e ele tem as fotos?? ESSES nudes até eu pagaria para ver

Bom domingo, e deixemos bem claro á malta do Estado que remunerar ESTE palhaço com dinheiro público NÃO é legal. Ou sequer LEGAL” (sic).

A prosa da dra. Rosário é lastimável. Desvairada.

Uma prosa chula e tonta, que socorre, constantemente, de “bonequinhos” (emojis, etc.) para compensar, enfim, aquilo que o cérebro não consegue pensar.

Os rabiscos transcritos (da dona Rosário da Luz) agridem a magnífica Língua Portuguesa e, definitivamente, não são prosa de uma criatura minimamente letrada.

São grunhidos.

A gaja é estruturalmente confusa e não sabe, sequer, alinhavar o pensamento.

Repete “zunzuns” e tolices que ouve por aí e julga, entretanto, que está a “pensar”.

A coisa é deveras tragicómica!

Devo, contudo, explicar (brevemente) aos leitores a razão de tanta raiva e tanto ódio infantil.

Isso tudo deve-se, sobretudo, a um forte puxão de orelhas que lhe dei, há uns anos, no jornal Expresso das Ilhas, por causa das terríveis asneiras que então escreveu.

A minha crítica – está publicada… – era absolutamente serena, cirúrgica e precisa. A criatura não aguentou o solavanco!

Incapaz de ripostar, por falta de argumentos válidos, passou, desde então, a cultivar um ódio miudinho contra a minha pessoa, expresso nos “peidos”, em forma de reflexão, que expele regularmente no Facebook, para gáudio dos seus deslumbrados amiguinhos.

A Psicologia explica claramente esse tipo de “complexo”, e essa espécie de tentativa de compensação à outrance.

Um dos vícios recorrentes da extrema-esquerda é o recurso à imagem de Adolf Hitler para denegrir e apoucar todos aqueles que essa gente perversa odeia.

É uma velha e bafienta técnica de propaganda estalinística. Um mantra absurdo.

O que esses ignorantes de palanque não sabem é que Hitler era marxista de formação e convicção (leiam, por favor, Jean-François Revel, Furet, Eric Voegelin, etc.) e uma criação de Estaline.

Toda a máquina de terror da Alemanha nazi foi, de resto, copiada dos “gulags” soviéticos e da doutrina ideológica própria da tirania bolchevique.

Este é um facto histórico incontestável e, hoje, firmemente estabelecido, mormente após a abertura dos célebres Arquivos de Moscovo, na sequência da espectacular derrocada do muro de Berlim.

A “cultura” política da dona Rosária é de nível liceal, quase primária.

Ela, coitada, ainda acredita nas tretas e lendas urbanas que associavam Hitler ao “grande capital” e mesmo (cúmulo da estupidez!) ao liberalismo anglo-saxónico. É uma obsessão.

Ora, a Alemanha, após o rigoroso Tratado de Versalhes, de 1919, estava proibida de ter um exército regular e estava sujeita, outrossim, a uma implacável fiscalização das potências ocidentais.

O apoio só podia, pois, vir do Leste (aliás em absoluto segredo) e de um país chamado URSS.

Adolf Hitler é uma criação absoluta de Estaline, um dos maiores tiranos e estrategos de todo o sempre – ver http://old.olavodecarvalho.org/semana/081211dc.html.

Mas é óbvio que a dona Rosário da Luz não sabe nada disso.

Esperneia, auto-satisfeita, na lama da sua própria ignorância.

Fala também de “sociopatia”. Acha que eu, Casimiro de Pina, sou “sociopata”. Hum!

A pobre analfabeta funcional não sabe, contudo, o real significado de sociopatia, um conceito associado aos regimes políticos comunistas e aos incomparáveis genocídios que engendraram nos países onde se implantaram.

Quer saber, entretanto, um pouco mais? Vejamos.

Sociopata é, por exemplo, o regime político que o pai da Rosário da Luz, o sr. Amaro da Luz, ajudou a implantar em Cabo Verde, a partir de 1974/75.

Um regime ditatorial mesquinho que criminalizou o boato (ou seja, a liberdade de pensamento e expressão), perseguia ferozmente os adversários políticos, aplicava choques eléctricos como método de obtenção de “prova” (leia, ao menos, os livros de Humberto Cardoso, seu amigo, e Onésimo Silveira) e tinha uma polícia política, imitação do modelo cubano-russo, que podia prender pessoas comuns durante meses sem qualquer culpa formada.

É essa ditadura totalitária que envergonhou Cabo Verde perante o mundo.

Ou seja, em matéria de procurar Hitler e sociopatas ao desbarato, a dona Rosário da Luz pode começar por revistar a sua própria casa, e a sua história familiar.

Não é preciso ir mais longe.

Parece, por outro lado, que a afoita Rosário – e outros da mesma laia – está muitíssimo preocupada com o facto de eu ser, neste momento, Conselheiro do Sr. Primeiro-Ministro de Cabo Verde.

Há muita gente que (hoje) critica ferozmente o MpD, mas que, há bem pouco tempo, andava a cortejar o partido, na ânsia de entrar para as listas, dar o golpe (já que esse “escol” oportunista, navegando em águas turvas, nunca assumiu a ideologia do MpD) e ocupar posições de relevo no aparelho do Estado.

Como essas aventureiras não conseguiram o objectivo, ficaram literalmente…furiosas, e sem um pingo de luz na alma!

Sabe porque é que fui escolhido e convidado para um cargo tão honroso, que tanta “dor de cotovelo” tem provocado por aí?

Por uma razão simples.

Porque sou uma pessoa séria e competente. Comprometida, desde sempre, com os valores da LIBERDADE. É por isso que fui escolhido.

Casimiro de Pina é um investigador sénior, um estudioso honesto e respeitador do conhecimento científico. Plenamente.

Tenho, neste momento, sete (7) livros produzidos.

Por isso é que sou (também) convidado para escrever em obras colectivas de grande relevância e para fazer conferências e palestras nas universidades.

Eu não uso a caneta para “snifar” a cocaína ou drogas similares, mas para escrever a sério e reflectir acerca da lição dos clássicos.

Os meus livros, ó ressabiada criatura do Facebook, foram e são reconhecidos por grandes figuras de Cabo Verde e do mundo. Informe-se.

Ainda há bem pouco tempo, o Prof. Doutor Carlos Bellino Sacadura dedicou um belo capítulo de um dos seus livros para falar do meu contributo jusfilosófico, realçando a originalidade e profundidade das minhas pesquisas neste país à beira mar plantado.

Filósofos, cientistas políticos e catedráticos de dimensão mundial também já o fizeram, elogiando fortemente a minha produção científica.

É o caso dos Doutores Paulo Ferreira da Cunha, João César das Neves (ex-Assessor do Presidente Cavaco Silva), Heitor de Paola, etc., etc..

Compreendo perfeitamente a vossa raiva, mas a verdade é como o azeite, e não se destrói pela maldade e truculência. Desenganem-se. A intriga tem sempre pernas curtas.

Vejo também que gosta de fazer perguntas e provocar os outros, tentando “gozar”, de resto, com o facto de eu estar a trabalhar para o Governo.

Já que gosta, frequentemente, de fazer perguntas aos outros, vai então esta perguntinha singela à nossa comentadora de Facebook:

A dra. Rosário da Luz consegue, por acaso, explicar à Nação Cabo-Verdiana a origem da fortuna do seu pai, o ilustre sr. Amaro da Luz?

Como é que a sua família conseguiu o pecúlio financeiro que, hoje, orgulhosamente exibe, fingindo-se especial e superior aos outros?

Esclareça, então, a Nação cabo-verdiana.

Aproveite, ainda, para ler um pouco sobre História e Filosofia.

Não falo das sebentas trauliteiras do Partido Único. Leia coisas a sério. Philosophia perennis.

Faz-lhe bem, vai ver!

É o estudo honesto que nos ajuda a limpar a alma.

E é isso que faz progredir a Humanidade.

A maldade nunca leva a lado algum.

O ódio, pior ainda.



8 COMENTÁRIOS

  1. Casimiro dal bedju gô … ê si, ê bá meti cu alguém errado, deu nisto. Só pa ka deprimi, pa ka tem recaída

  2. Falta saber, Casimiro, se a mulher, que se auto intitula de “cientista política”, irá entender tudo isto.

  3. De maluquices em maluquices anda o Paicv de Janira. Esta mulher está a espalhar a quatro ventos, que ajudou o Paicv a “vencer” as eleições. Bom, não sei onde foi que o Paicv venceu as últimas 4 eleições que disputou, nos últimos cinco anos. Ganhou câmara, é verdade, mas não as eleições. Provavelmente em “Marte”, que é onde está a cabeça desta criatura, e a da maioria dos dirigentes do Paicv. Disse que o fez por “vingança”, por que está de mal com certos militantes e dirigentes do MpD e, por isso, decidiu “mostrar” força eleitoral que ela representa. A mulher que não consegue convencer um a cachorro que tem lá em casa que é capaz de lhe dedicar alguma coisa, acha que graças a ela, o Paicv venceu as eleições em…imagina a loucura: São Domingos, Ribeira Grande St, Santa Cruz, Tarrafal, Praia, SFilipe e Mosteiros. Pior, há gente no Paicv que acredita na pobre criatura, e já cogita um emprego de assessora para ela. No Mindelo onde reside, há sérias dúvidas se a mulher compareceu na assembleia de votos para exercer a sua cidadania, e, ainda assim, ela acredita que fez votar os “badios”, como ela gentilmente nos trata, os residentes da “república de Santiago”. Enfim, não sei que está pior da cabeça, se a pobre “cidaddona”, ou a sua “xefa”. Imagina só a “festa” que seria as duas no Palácio do Governo. Em vez de segurança, seria necessário, psiquiatras de plantão.

  4. Pina, isto é violência intelectual do gênero. Não te deixes arrastar para esses ambientes de cobras e lagartos. Sabem que és uma criatura muito inteligente, bem preparado na argumentação. Se te deixas arrastar para esse tipo de terrenos estarás a combater num campo de batalha escolhido pelo inimigo. Recua para onde és imbatível. Para o campo das ideias. “A prudência é a mãe de todas as virtudes” (Heni Ozi Cukier – Dr. Hoc). Um abraço.

  5. Casimiro confesso que não sou admirador das tuas posições expressas em muitos dos artigos, mas gostei especialmente deste artigo. Destaco esta tua frase… Afinal é aí que resume e sai toda a inspiração dessa senhora:
    “Eu não uso a caneta para “snifar” a cocaína ou drogas similares, mas para escrever a sério e reflectir acerca da lição dos clássicos”.

  6. Meu Deus, fiquei positivamente impressionado pela unica vez em que tive a oportunidade de ouvir no Salão da Assembleia Municipal uma palestra proferida por essa mulher, aparentemente vulgar, relaxada no trajar, e com um brilho estranho no olhar. A postura de independencia que na expressão das suas ideias em face dos seus outros discursos que se seguiram, foi uma preparação dos incautos para o papel do trabalho de sapa que lhe foi encarregada para denegrir o MpD, forjando nos seus argumentos ideias e mentiras que pretendeu constituir em factos a favor da sua dama. Peço desculpas pelos rasgados elogios que a minha impreparada noção dos seus propósitos e intenções fora embarcado. Agora avisado, depois de tantas e estúpidas diatribes deixei de lhe prestar atenção e desligo o rádio e a TV sempre que essa actora do reality show da verdade absoluta mostra a sua aparição.

  7. Mos…a incompetência dos jornalistas do Expresso das Ilhas me adoece, a cada semana. JMN disse ao jornal que Cabo Verde precisa de um novo momento sísmico, uma parábola toda ela sem graça, sobretudo, porque JMN se opos ao primeiro momento sísmico de 1990 e ao segundo em 1992, ao abandonar a Sala no Acto Solene de aprovação da Nova Constituição de Cabo Verde. O problema do JMN e do Expresso das Ilhas (que se omite covardemente), é que vivemos em perfeita normalidade democrática e constitucional. Por esta razão, não precisamos de outro sismo, nem de outros sismógrafos, e, pior, o JMN, não encarra nenhuma mudança, nem no sentido de aprimorar a nossa democracia liberal (ele é um comunista e retrógrado), nem encarra um movimento de retrocesso. Porquê? Porque, felizmente, salvo o Paicv de JMN, ninguém mais nesta Terra, deseja qualquer passo atrás. Não compreendo, como jornalistas são tão preguiçosos, que não conseguem, sequer, interpretar “a alma” de quem paga para os ler. Quando se compra um jornal, ou outro bem ou serviço qualquer, ninguém precisa estar3de acordo com tudo que lá está, mas deve ser capaz de ver que os valores supremos não são esquecidos. Caramba! Nenhum editor ou diretor do jornal precisa orientar (censurar) os jornalistas sobre aquilo que devem ou não escrever ou questionar. O diretor do jornal, deve sim, escolher e empregar só aqueles jornalistas que comungam dos valores generivis6, não partidários desta Nação, e que estão estampados na nossa Constituição. Ninguém compra o New York Times para ler elogios ao Fidel Castro, por exemplo. O jornal fecha as suas portas. Mas ninguém compra o Avante em Portugal, para ler elogios a democracia. No Expresso das Ilhas é capaz de ler as duas situações. Há um lugar para cada coisa e cada coisa para o seu lugar.

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