Atentado contra Óscar Santos. Julgamento continua dia 7 de março

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Segundo dia do julgamento decorreu ontem, terça-feira, no Tribunal da Praia

O segundo dia do julgamento do atentado contra o ex-Autarca da Cidade da Praia, Óscar Santos, que aconteceu ontem estava reservado para as alegações finais, mas a defesa pediu que fosse adicionado no processo o relatório das chamadas entre os arguidos.

Igualmente será adicionado o registo eletrónico das passagens Interilhas supostamente adquiridas pelos arguidos.

Com a introdução desses elementos no processo, conforme acordado hoje, haverá um intervalo de tempo e o julgamento só vai ser retomado no próximo dia 7 de março.

O segundo dia do julgamento arrancou com o Ministério Público e a defesa, liderada pelo advogado Félix Cardoso, a não chegarem a entendimento em relação à audição pública das declarações prestadas pelo arguido Rui Santos Correia durante o primeiro interrogatório, que segundo o MP “revelou fatos sensíveis”.

À saída do Tribunal, no final do segundo dia de julgamento, o advogado do suposto atirador no atentado, Gilson Cardoso, declarou à Imprensa que o processo envolve várias pessoas, referindo-se às pessoas detidas em abril em 2022, no ato de primeiro interrogatório, no entanto, estranhou o fato do MP não ter levado para a acusação.

“À semelhança do meu constituinte, que entende o MP que é o autor material, mas os supostos autores morais o MP não trouxe para o processo. Daí que questionamos esta questão de igualdade. Se o MP acreditava num plano ajuizado de pessoas que estão por detrás, deveria também trazê-las para o julgamento”, observou.

Levando em conta que as provas são “concisamente” digitais, em que foram revelados fatos através do sistema de localização de telemóveis, o advogado do suposto atirador diz convicto que o seu cliente, Rui Santos Correia, é “inocente”, que não praticou os crimes aos quais está sendo acusado pelo MP.