Ativista dos direitos das mulheres condenada a seis anos de prisão na Arábia Saudita

Família de Loujain al-Hathloul denuncia condenação com base em lei antiterrorismo “vaga e ampla”. Entre as acusações que levaram à sua condenação conta-se usar a internet para prejudicar a ordem pública

Uma das principais ativistas dos direitos das mulheres na Arábia Saudita foi condenada esta segunda-feira, 28, a seis anos de prisão, ao abrigo de uma lei antiterrorismo “vaga e ampla”, anunciou a sua família em comunicado.

A sentença aplicada a Loujain al-Hathloul deixa perto do fim um processo que levantou críticas internacionais e ameaçava ser um ponto de confronto no relacionamento entre o reino saudita e a futura administração Norte-americana de Joe Biden, que toma posse em janeiro, cerca de dois meses antes da data agora prevista para a libertação de al-Hathloul. A ativista, que se encontrava já em prisão preventiva e passou vários períodos de confinamento em solitária, deverá ser libertada em março de 2021, tendo em conta o tempo que já cumpriu, de acordo com o grupo de defesa dos direitos humanos Prisioneiros de Consciência.

Loujain al-Hathloul foi detida em maio de 2018 e 34 meses da sua pena serão suspensos.

Segundo o comunicado da família de al-Hathloul, a ativista ficará impedida de deixar a Arábia Saudita durante cinco anos e terá de cumprir três anos de liberdade condicional após ser libertada.

Loujain al-Hathloul tem 30 dias para recorrer das sentença aplicada.