Autarca do Porto Novo esperançoso na retoma da fábrica de Pozolana

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Aníbal Fonseca diz-se “muito esperançado” com a retoma da fábrica, cujo processo negocial, mediado pelo Governo, está em curso

O Município do Porto Novo na Ilha de Santo Antão pode vir a retomar a indústria de produção de cimento, através da matéria-prima que é a pozolana, muito existente naquela região.

A possibilidade é admitida pelo Presidente da Câmara Municipal do Porto Novo. Aníbal Fonseca diz-se “muito esperançado” com a retoma, e adianta que o processo negocial, mediado pelo Governo da república, está em curso.

“Sabemos que há já algum interesse real, efetivo, de uma empresa Portuguesa da área”, indicou, precisando ser uma empresa internacional que pode vir a retomar a exploração da pozolana no seu Município.

O Autarca observa que esta produção é uma atividade industrial “muito específica” e num mercado “bastante concorrencial”, e que por isso “requer muito conhecimento prático e específico e uma boa gestão estratégica”.

Em declarações à Agência Lusa, o Edil Portonovense admite ter havido “alguma falha” na gestão da anterior fábrica, gerida pelos Italianos do grupo Stefanina, mas acredita na qualidade da matéria-prima do seu Concelho.

Estima-se que as reservas de pozolana são em ordem de 10 milhões de toneladas em Santo Antão, concentradas nas proximidades da Cidade do Porto Novo.

“O cimento pozolânico de Porto Novo foi utilizado em várias obras, não só em Santo Antão, como noutras Ilhas, mas até foi exportado para as então colónias Portuguesas de Angola e Moçambique, para barragens e cais”, recordou, Fonseca, a propósito da qualidade desta pozolona.

Vários investidores têm-se deslocado a Porto Novo para visitar o local e a Autarquia acredita que a matéria-prima existente “é de boa qualidade e estamos a tentar relançar, porque é uma fábrica que cria empregos, atividade económica, dinamiza a economia local”, assumiu o Presidente.

A atividade cimenteira era explorada pela CABOCEM, desde por volta de 2007, mas há cerca de 6 anos descontinuaram a produção, atividade que Aníbal Fonseca quer ver retomada muito em breve. “Estamos convencidos que vai triunfar”, perspetiva.