Nome apontado pelo PAICV à presidência da Câmara Municipal está arrolado no leque de có- responsáveis pela gestão danosa do conhecido Fundão
O polémico caso do Fundo do Ambiente, que marcou negativamente a gestão do PAICV, a nível nacional, pode ensombrar uma possível candidatura de Nilton Dias à presidência da Câmara Municipal do Porto Novo, na ilha de Santo Antão.
É que Nilton Dias foi Diretor Geral de Planeamento, Orçamento e Gestão do Ministério do Ambiente e seu nome está associado à má gestão do conhecido Fundão, sobretudo em 2012, período em que chefiou a DGPOG do Ministério tutelado por Antero Veiga e que tinha Moisés Borges como Diretor Geral do Ambiente.
O Tribunal de Contas, que analisou as contas do Fundo do Ambiente assinalou que em 2012, durante a direção de Nilton Dias não se respeitou os “pressupostos estabelecidos” no Decreto-Regulamentar 3/2012 de 12 de fevereiro, existindo mesmo “muitas ilegalidades/ irregularidades” que na opinião deste organismo são “suscetíveis” de responsabilidade financeiras e potenciais “outras ilegalidades”.
O TC admite mesmo haver algo que consubstancia-se em “matéria de foro criminal”.
Apenas em 2012, o TC registou uma diferença no montante de 950.000$00 “sem justificação” e confirmou que foram celebrados contratos “no montante de 701.000$00” entre o então Ministério do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território e os beneficiários “cuja suscetibilidade de enquadramento nos projetos e áreas elegíveis é duvidosa para financiamento”, de acordo com o Decreto Regulamentar 3/2012 de 28 de fevereiro.
Nilton Dias é o nome apontado pelo PAICV para concorrer à presidência da Câmara Municipal do Porto Novo, mas eleições previstas para este ano, após uma série de desistências, mas seu nome ainda não foi validado pela cúpula do Partido.
