PJ Portuguesa tomou conta do caso, após a morte do jovem natural dos Mosteiros. Dia 11 há uma manifestação silenciosa em Lisboa
O caso da agressão e que culminou na morte do estudante Luís Geovani dos Santos Rodrigues, que estava a cursar em Bragança, está a ganhar novos contornos.
É que a autópsia ao corpo do jovem levanta a possibilidade de a morte não ter sido motivada pelas agressões que sofreu.
A credibilidade do Instituto de Medicina Legal está a ser questionada. Aquela instituição admite a possibilidade de não ter sido a agressão que causou o traumatismo craniano que foi fatal ao estudante Cabo-verdiano.
Há uma crescente onda de contestação e de solidariedade em torno deste caso.
Nos próximos dias vai haver uma manifestação silenciosa no Terreiro do Paço, na Capital Portuguesa, marcha que deverá reunir colegas e amigos de Giovanni bem como a nossa comunidade em Portugal que está chocada com este caso.
Giovanni, 21 anos, morreu dia 31 de dezembro, após alguns dias internado, em estado grave.
A narrativa em torno deste caso tenta afastar suspeitas de ódio racial como motivação para o crime. A se confirmar esta versão são as próprias entidades em Portugal que tentam ilibar ou minimizar a culpa dos agressores de Giovanni.
Ao que consta, duas pessoas do grupo de cerca de 15 jovens que atacou Giovanni, já foram detidos.
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A autópsia num cadáver de uma pessoa que sofreu dois traumatismos, sendo um por agressões e outro por queda, não pode ser avaliada, considerada e divulgada oficialmente pelos médicos legistas como sendo autópsia branca.
A autópsia, a definir como causa da morte, tem que ser, deve sempre ser conclusiva sobretudo neste caso em que a causa ou é provocada pelas agressões ou o é pela queda, mas, mesmo sendo pela queda, os agressores são sempre responsáveis porque eles originaram a queda.
Acho que a nossa Embaixada em Portugal, as autoridades em Cabo Verde, a associação dos estudantes em Portugal e a família do malogrado, devem exigir uma segunda avaliação desse resultado, e a ser feita por outros médicos legistas na qual participará (ão) médicos legistas caboverdianos que presumo existirem em Portugal ou, em não havendo, requisitarem a presença daquele que está e trabalha em Cabo Verde com vista a esclarecer essa falsidade escrita e dita pelos médicos legistas portugueses com o único fito de protegerem seus compatriotas criminosos que protagonizaram este hediondo e reprovável crime contra um jovem indefeso que a Portugal se tinha deslocado para adquirir melhores conhecimentos em área que o País dele ainda não consegue oferecer
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