Edil de Assomada observou que “chegou ao fim” o período do paternalismo, do dirigismo e do assistencialismo, e falou numa “nova largada” que no seu entender “abre caminho” à cidadania e à participação de todos na coisa pública
O Presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina de Santiago, Beto Alves, sustentou na última noite, durante um jantar-conferência, promovido na Cidade de Assomada, que “estão equivocados” todos quantos pensam entrar na política para “tratar das suas vidas, alcançar prebendas e privilégios”.
Falando a uma plateia formada essencialmente por jovens, Beto Alves foi categórico ao afirmar que a política “não deve ser lugar para alpinismo social” e disse mesmo que a política “não é espaço” para aqueles que pensam “servir-se” dela por “mero e mesquinho interesse pessoal”.
Olhos nos olhos da juventude, o Autarca adiantou que convivemos, lutamos e trabalhamos num “grande coletivo político movido pelo único interesse de trazer felicidade, dignidade e qualidade de vida ao nosso povo”.
Fazer de Cabo Verde uma “terra de progresso” social e de desenvolvimento, um espaço das “mais amplas” liberdades e democracia é um “grande desígnio”, sustentou o Edil que quer jovens que ousem ser a “vanguarda”.
“Precisamos de uma juventude que ouse ser a vanguarda, que esteja mais à frente e que faça dos seus sonhos a alavanca para mudar de vida, para construir o Cabo Verde de esperança”, disse, parafraseando o saudoso Norberto Tavares.
Num outro ponto da sua comunicação, o Presidente da Edilidade defendeu uma “nova atitude” no que respeita à Administração Pública, e sustentou a ideia de que os poderes públicos devem ser “parceiros” dos jovens. “E queremos jovens ativos que aproveitem todas as oportunidades e que sejam protagonistas do desenvolvimento”, pontuou.
Beto Alves observou que “chegou ao fim” o período do paternalismo, do dirigismo e do assistencialismo, e falou numa “nova largada” que no seu entender “abre caminho” à cidadania e à participação de todos na coisa pública. E esta “nova atitude não deve ser apenas conversa de circunstância, deve ser um novo começar”, advertiu.
“Para realizar esta nova atitude, inspirados nessa ideia-chave de que é fundamental o inconformismo, é preciso não ter medo da rebeldia natural dos jovens, da sua insubmissão perante os lugares comuns, o politicamente correto e atrofia social”, acrescentou.
Beto Alves falava no jantar-conferência promovido pela JpD, no âmbito do seu plano de ação e em antecipação ao Natal. A ideia, explicou a agremiação político-juvenil, é descentralizar os eventos da JpD para outros pontos de Cabo Verde. E a escolha de Assomada é porque aquela Cidade “está cada vez mais apetecível”, justificou.