BLOQUEIO ESCOLAR: Presidente Fernandinho Teixeira acusado de mandar encerrar Polivalente de Mosteiros Trás (atualizada)

Caso ocorreu ao início da tarde de hoje e está a indignar a comunidade estudantil mosteirense. Coordenador de Educação Física fala numa “atitude reprovável” do Edil local

Segundo informações confirmadas pelo Professor João Vieira, Coordenador da disciplina de Educação Física na Escola Secundária dos Mosteiros, o Presidente da Câmara Municipal local, Carlos Fernandinho Teixeira, mandou “vedar o acesso” ao Polivalente de Mosteiros Trás, que serve como espaço para as aulas de educação física no único Liceu daquele Município da ilha do Fogo, construído em 2014 mas sem placa desportiva.

O bloqueio da porta que liga o Liceu ao Polivalente ocorreu ao início da tarde de hoje, terça-feira. Segundo consta, a porta foi soldada e os alunos ficaram sem qualquer acesso para as aulas.

De acordo com o docente João Vieira, independentemente das motivações na origem da decisão do Presidente, a atitude de Fernandinho Teixeira “é um erro” já que impede os alunos de continuarem as aulas num momento de avaliação prática para a conclusão do primeiro trimestre.

“Reprovamos esta atitude porque ela cria problemas e prejudica os alunos”, acrescentou.

Câmara posiciona-se

Contatado, o Presidente preferiu delegar a reação no seu Vereador do Desporto. Fábio Vieira (na foto) explicou ao OPAÍS que a decisão do encerramento do espaço ocorreu após uma visita realizada esta manhã, em que se constatou o nível de degradação da infraestrutura municipal.

Segundo observou, o Polivalente estava também a ser utilizado como sentina pública. “Encontramos uma situação degradante”, revelou, lamentando a sujidade e o vandalismo no espaço.

Fábio Vieira indicou ainda que o Ministério da Educação está em falta com a Autarquia mosteirense, não tendo transferido mais de mil contos, alegadamente, para a gestão da infraestrutura, que segundo observou custou aos cofres do Município mais de 20 mil contos. Explicou, no entanto, que a vedação se deve unicamente pelo estado da degradação e não pelos atrasos na transferência da verba.

Notícia atualizada às 18h39.

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