Brasil disponível a ajudar Cabo Verde no combate à Praga do Cartucho do Milho

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Apoio será dado ao INIDA para montar uma estratégia de gestão integrada da praga da Lagarta-do-Cartucho

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, já se mostrou disponível no sentido de ajudar Cabo Verde no combate à praga da lagarta do cartucho.

Uma das estratégias consiste em desenvolver um sistema de monitoramento, com destaque para o controlo biológico através da produção de inimigos naturais.

“São outros insetos que predam ou atacam a praga. No caso é a produção de uma pequena vespa que coloca ovos nos ovos da praga do milho que ajuda no controlo e na diminuição do número de lagartas que atacam as áreas”, explicou Rodolfo Oliveira, responsável pela área de Cooperação Internacional da Embrapa.

Nestes casos, defende Rodolfo Oliveira o uso de produtos biológicos em detrimento dos químicos. “Não se consegue acabar com a praga, mas diminui-se o dano e o número de lagartas. Consegue-se deixá-las num nível aceitável para que não cause tantos estragos à cultura”, justificou.

Da experiência do Brasil também chega a Cabo Verde a Bacillus Thuringiensis, um agente biológico, através do qual se pretende produzir localmente um microrganismo de combate à praga do milho.

“É uma bactéria que causa uma infecção na lagarta do cartucho e a ideia é que se faça uma produção local desse microrganismo para que Cabo Verde se torne independente e possa produzir esse produto”, diz Rose Monnerat que juntamente com Rodolfo Oliveira participa no Workshop Multissectorial sobre a Gestão Sustentável da praga que afeta a cultura do milho em Cabo Verde e em outros países Africanos.

O Workshop Regional Multi – Setorial sobre a Gestão Sustentável da Lagarta – do – Cartucho do Milho termina hoje, na Praia, com a presença de cerca de cem delegados de países da África e do Médio Oriente, instituições Pan-africanas, ONG´s, FAO e organizações especializadas.