A eleição de um presidente de esquerda, “provavelmente geraria maiores incertezas sobre a direção da política” brasileira e teria impacto na atividade económica em 2019, considera a Fitch
A agência de notação financeira Fitch considera que uma vitória de Jair Bolsonaro nas presidenciais brasileiras é mais favorável à economia do Brasil em vez dos dois candidatos da esquerda, Ciro Gomes e Fernando Haddad.
Em comunicado hoje divulgado, a Fitch espera que atividade económica no Brasil inicie a recuperação em 2019, à medida que o rumo político do País se clarifique e estabilize após as eleições gerais de 7 de outubro.
No entanto, se Fernando Haddad ou Ciro Gomes ganharem as eleições no Brasil, os mercados financeiros provavelmente irão retrair-se de forma significativa, adianta a mesma análise, salientando que os dois candidatos defenderam a revisão das reformas económicas realizadas nos últimos dois anos.
A eleição de um presidente de esquerda, “provavelmente geraria maiores incertezas sobre a direção da política” brasileira e teria impacto na atividade económica em 2019, considera a Fitch.
Um ambiente político mais favorável que o atual poderia impulsionar o investimento e um crescimento económico mais robusto a médio prazo do Brasil, conclui a agência.
Atualmente, “as perspetivas de crescimento do Brasil estão sujeitas a um grau incomum de incerteza”, refere a agência.
“Ao mesmo tempo, o ambiente externo tornou-se mais favorável”, considera a Fitch, nomeadamente porque as taxas de juros dos EUA reduziram amplamente a pressão sobre o mercado.
Se as taxas de juros estiverem baixas, o consumo privado provavelmente aumentará e a recuperação económica do Brasil, poderá prosseguir”, refere a Fitch.