Braz de Andrade vítima de burla

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Empresário recebeu um cheque sem cobertura no valor de cerca de 8 milhões de Euros para a venda do seu hotel, em Cidade Velha. Suposto “burlão” tem tripla nacionalidade, Russa, Israelita e Nigeriana

O empresário de sucesso Braz de Andrade foi recentemente vítima de burla, num valor superior a 8 milhões de Euros, informou o próprio em declarações ao OPAÍS.cv.

O caso aconteceu há cerca de cinco meses, mas só ontem foi tornado público, pelo próprio empresário que recorreu às redes sociais para denunciar o caso.

Contatado hoje pelo OPAÍS.cv, Braz de Andrade disse que o homem lhe foi apresentado por duas pessoas com grandes responsabilidades em Cabo Verde, (Assessor de Imprensa do Presidente da República e um Gerente de um banco) pelo que a sua confiança estava mais depositada nos Cabo-verdianos do que no próprio suposto comprador do seu hotel.

Conforme contou, o homem residiu no seu hotel, num suite master durante quatro meses, e cobrou-lhe metade do preço, uma vez que iriam “fazer negócios”.

O problema é que o burlão voltou a pagar cerca de 1.300 contos da sua estadia com outro cheque sem fundo.

O caso, contou, já foi entregue às autoridades judiciais que já emitiram um mandado de detenção do homem, que ainda se encontra a monte.

Braz de Andrade indicou que ontem viu o sujeito, fez fotografia do mesmo e ligou às autoridades, mas quando chegaram o homem já tinha desaparecido pelas bandas do Tira Chapéu. “Mas o homem parece que reside no bairro do Palmarejo”, notou.

A maior preocupação do empresário Cabo-verdiano, que acusa os dois Cabo-verdianos de serem “culpados de tudo isso”, é que o homem possa vir a sair do País e sair impune dos crimes que cometeu.

“Ele tem três nacionalidades: Russa, Israelita e Nigeriana”, afirmou.

O empresário lesado contou ainda que o burlão tentou fazer o mesmo com uma proprietária de um dos hotéis também em Cidade Velha e que o mesmo prometeu ao Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago um hospital e vários autocarros.

Este é um caso que prometemos continuar a acompanhar.



7 COMENTÁRIOS

  1. Não cabe aqui entrar no mérito do escândalo. As autoridades competentes estão no terreno. O que interessa aqui é questionar, que tem a figura do órgão de soberania “Presidente da República” a ver com esses negócios. Independentemente de ser verdadeiro ou não este caso, JMN e seus assessores sabem ou deveriam saber que Cabo Verde tem Governo, um ministro da economia, um ministro das finanças, um ministro do comércio. Então, com que interesses a presidência da república, via seus assessores surgem para fazer a intermediação deste negócios? Será que, agora burloes e criminosos já dispõe de acesso livre ao palácio e aos assessores do PR? A resposta é simples: JMN quer governar em competição com governo legítimo do UCS. O PR não governa, JMN. E, nessas coisas há santos. As eventuais comissões de intermediação, para quem ou para onde seriam direcionadas? Assessores do PR desempenham outras funções privadas além do trabalho exclusivo na PR? O destino tem suas ironias. Há uns anos, na década de 90, o Bráz financiou a edição de um CD com músicas grosseiras debochar da figura e do desempenho do então presidente da república, na altura, Mascarenhas Monteiro. Uma das músicas era tema de abertura do “tempo de antena” do paicv. Agora, a bronca vem da presidência da república, Braz.

  2. Ainda o caso vai dar que falar. Se os intermediários são cabo-verdianos e com funções de colarinho branco, a PJ deve bater na tela e procurar mais engodos, porque nesta terra há muitos tubarões martelo por aí.

  3. Só o facto de ter essas três nacionalidades juntas já dava para desconfiar. Aposto que é apenas um mafioso russo.

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