Posição surge na sequência da comunicação conjunta do Burkina Faso, Mali e Níger sobre a saída imediata da organização comunitária
Na sequência do anúncio feito no domingo, 28, o Governo de Cabo Verde já veio apelar às instituições da CEDEAO, principalmente ao seu órgão máximo, a Conferência dos Chefes de Estado e de Governo, a reforçar o diálogo político com as autoridades de transição do Burkina Faso, Mali e Níger, “a fim de se encontrarem as melhores soluções, que possam garantir a desejada coesão no seio da Organização”.
Uma nota oficial da diplomacia Cabo-verdiana, emitida na última quarta-feira, o Governo refere estar a acompanhar “de perto” a evolução dos acontecimentos na região, tendo presente os impactos que poderão ter no tocante aos inúmeros cidadãos desses países que vivem em outros países da CEDEAO, pelo que reforçou o seu apelo “a que esforços continuem a ser envidados no sentido de a CEDEAO ser um espaço de Paz, segurança e democracia”.
No último domingo, os regimes militares dominantes naqueles 3 países decidiram retirar os seus países, com efeitos imediatos, da Comunidade Económica, uma organização sub-regional de 15 membros, incluindo Cabo Verde.
Nota-se que p Burkina Faso, Mali e Níger, confrontados com problemas semelhantes de insegurança, jihadismo e pobreza, têm tido relações tensas com a CEDEAO desde que os militares tomaram o poder pela força naqueles 3 territórios.
