Cabo Verde classificado com B e melhoria do Outlook que passa para “positivo” 

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Avaliação é da Fitch Ratings 2019. Arquipélago Cabo Verde vê melhorado a sua avaliação no que respeita ao risco soberano do País

Segundo o último relatório da Fitch Rating, dado à estampa no último 20 de janeiro, Cabo Verde é classificado com o Rating B, com Outlook positivo. A agência realça que houve melhorias no Outlook que passou de estável para positivo.

Esta é a primeira vez, desde de 2013, quando o rating do País foi rebaixado de B+ para B, que Cabo Verde regista uma melhoria no Outlook, ou seja, nas suas perspetivas de longo prazo da estrutura macroeconómica.

A agência diz esperar que o rácio da dívida pública bruta de Cabo Verde (GGGD) continue a cair, para menos de 100% do PIB até 2025, a partir da estimativa da Fitch de 122% no final de 2019. “A redução da dívida no médio prazo será impulsionada pelo forte crescimento nominal do PIB, pela queda dos pagamentos às empresas estatais (SOEs) e pela melhoria no saldo fiscal primário”, refere a Fitch Ratings, reconhecendo que o nosso País vem trabalhando para reduzir os déficits fiscais e reduzir pagamentos abaixo da linha para empresas estatais.

A Fitch Ratings chega mesmo a prever que o déficit fiscal das administrações públicas caia para 2,2% do PIB em 2019 (2018: 2,6%) e para 1,8% até 2021, isto em comparação com a mediana histórica ‘B’ de 3,7%. “A consolidação será impulsionada por menores investimentos públicos, medidas de racionalização de gastos e ampliação da base tributária”.

Esta mesma agência prevê que o potencial de crescimento de médio prazo para Cabo Verde tenha aumentado para 5,0%, contra sua previsão anterior de 4,7%, e acredita que o crescimento a médio prazo deve ser “impulsionado” por investimentos de capital e crescimento da produtividade, especialmente com o IDE nos setores de aviação e transporte marítimo. “Os investimentos contínuos nos setores aéreos e transporte marítimo devem melhorar a conectividade no Arquipélago, apoiando o potencial de crescimento a médio prazo”, refere o mesmo documento.

No que concerne aos riscos financeiros externos, a Fitch classifica-os como moderados. “A dívida externa líquida é relativamente alta, 44% do PIB, em 2019 (mediana B: 28%), mas os riscos são mitigados por termos concessionais que prolongam o prazo médio para 21 anos e reduzem o serviço da dívida externa para 4,6% dos recebimentos externos. No entanto, a diminuição do acesso ao financiamento concecional à medida que Cabo Verde se classificar para a renda média nos próximos anos levará a um aumento gradual nos índices de serviço da dívida”.



1 COMENTÁRIO

  1. É o que eu tenho sempre dito e reafirmado, vezes sem conta: a JHA privilegia (por defeito de fábrica), a baixaria na política, enquanto que Zé Ulisses é cada vez mais um Homem-de-Estado, com soluções reconhecidamente eficazes pela população e empresas e também por entidades internacionais insuspeitas. Esta é a grande vantagem do pensamento liberal, em oposição à zoeira política da JHA.

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