Cabo Verde com recessão de 14% em 2020 e crescimento de 5,8% em 2021

Previsões são do FMI, afirmando que as medidas de política e proteção social tomadas pelas autoridades estão a apoiar a economia e a ajudar os grupos mais vulneráveis a enfrentar o impacto da pandemia, estimando ainda um crescimento anual acima de 6% a partir de 2022

O FMI aponta que a economia Cabo-verdiana sofreu uma recessão de 14% em 2020, em linha com a previsão governamental, devido à pandemia de covid-19, e espera um crescimento de 5,8% do Produto Interno Bruto, PIB, este ano.

As previsões constam de um comunicado em que o FMI conclui, ontem, a terceira e última avaliação de Cabo Verde ao programa de assistência técnica PCI -Instrumento de Coordenação de Políticas-, iniciado em 15 de julho de 2019 e que visa apoiar as reformas em curso no Estado, nomeadamente ao nível do sistema fiscal e privatizações, considerando a sua implementação como “satisfatória”, apesar dos efeitos da pandemia. “Apoiou os objetivos de médio prazo das autoridades para a sustentabilidade fiscal e da dívida e para reformas mais amplas de reforço do crescimento no âmbito do seu Plano Estratégico para o Desenvolvimento Sustentável, PEDS. As políticas e reformas dos últimos anos, até ao início da pandemia, ajudaram a gerar maior crescimento, manter a inflação baixa, melhorar as posições fiscais e externas e colocar a relação dívida pública/PIB em uma tendência decrescente”, refere o FMI.

A organização reconhece ainda que a economia Cabo-verdiana “foi duramente atingida pela pandemia”, estimando uma recessão de 14% em 2020, “devido à desaceleração económica global, restrições de viagens e medidas de contenção doméstica que reduziram significativamente as atividades nos principais setores da economia”. “As medidas de política e proteção social tomadas pelas autoridades estão a apoiar a economia e a ajudar os grupos mais vulneráveis a enfrentar o impacto da pandemia”, reconhece o FMI, que prevê ainda um crescimento económico de 5,8% do PIB este ano, e anualmente acima de 6% a partir de 2022.

Ainda assim, com a retoma da procura turística pelo Arquipélago — setor que garante 25% do PIB anual de Cabo Verde — mais lenta do que o esperado inicialmente, devido a novas vagas da pandemia na Europa, o FMi admite “efeitos persistentes” na economia Cabo-verdiana em 2021.

“Portanto, enfrentar a crise sanitária continuará a ser uma prioridade, enquanto as ações de política também visarão apoiar a recuperação projetada. A execução do orçamento de 2021 procurará encontrar um equilíbrio entre a acomodação das necessidades urgentes de saúde e desenvolvimento e o apoio à sustentabilidade da dívida a médio prazo, visto que Cabo Verde permanece em alto risco de sobre-endividamento”, alerta o relatório do FMI.



1 COMENTÁRIO

  1. Convém realçar que os organismos internacionais, tais como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional fizeram as suas previsões para Cabo Verde, com base no programa econômico do MPD, já que, até agora ninguém sabe o que JHA entende de economia. Até a mulher tem vindo a surfar na ignorância enquanto que Avelino Bonifácio e Madalena Neves escrevem parágrafos do “Das Kapital” de Karl Marx para a JHA soletrar. Portanto, não há alternativa viável no Paicv ao UCS.

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