Posição é defendida pelo Primeiro-Ministro. Ulisses Correia e Silva fez essa declaração à margem da apresentação pública do Atendimento das especificidades de Cabo Verde na CEDEAO
O Primeiro-Ministro disse hoje que Cabo Verde defende uma integração inclusiva na CEDEAO, tendo em conta as especificidades do País. Ulisses Correia e Silva fez essa declaração à margem da apresentação pública do Atendimento das especificidades de Cabo Verde na CEDEAO, sustentando que o Arquipélago é o único Estado da sub-região, com dispersão em Ilhas e duplo isolamento, em relação aos outros Estados.
“A pequenez territorial e demográfica, comparada à massa continental contígua da CEDEAO, mostra as assimetrias regionais e em recursos”, referiu o Chefe do Governo, para quem estas caraterísticas do nosso País têm impacto ao nível da infraestruturação, das conectividades e da circulação de pessoas e bens, da moeda e do comércio. Por isso, acrescentou UCS, questões como a Taxa Comunitária e os parâmetros do seu cálculo, a Tarifa Exterior Comum, a Moeda Única, a Livre circulação e os critérios para a seleção e financiamento de infraestruturas, devem ter em conta as especificidades de Cabo Verde.
Com essa posição de Cabo Verde, está-se de acordo com o PM a assumir a participação do País na Região, enquanto membro de pleno direito quer da União Africana como da CEDEAO, dando impulso à sua integração Regional. “Vamos continuar o reforço do diálogo e estreitar relações, ser útil e confiável no concerto das nações Africanas”, defendeu ainda.
Com a plena integração do País na sub-região, precisou UCS, há várias oportunidades que o Arquipélago poderá aproveitar, nomeadamente, a nível do Acordo de Livre Comércio e do Espaço Aéreo Africano “que só serão concretizadas através de uma integração regional que posicione a CEDEAO com vantagens para transformar essas oportunidades em mais atividade económica, mais criação de riqueza e mais emprego”.
De referir que esta é a primeira vez que o País apresenta um Estudo que demonstra as especificidades de Cabo Verde que devem ser atendidas pela CEDEAO, no seu processo de Integração Regional e que constituirá o quadro orientador nas negociações com a Organização.