Cabo Verde exige dose de reforço para reconhecer vacinação completa

Anúncio foi feito hoje pelo Governo. Medida entra em vigor em 15 de abril

Cabo Verde vai passar a exigir a dose de reforço para considerar completo o esquema de vacinação contra a covid-19, anunciou hoje o Governo.

A medida, aprovada na quinta-feira no Conselho de Ministros, entra em vigor em 15 de abril e prevê um período de validade do certificado de vacinação de até 270 dias após a toma da segunda dose de uma das vacinas contra a Covid-19, segundo o anúncio feito em conferência de imprensa pela Ministra da Presidência do Conselho de Ministros, Filomena Gonçalves.

“Passando a integrar a dose adicional de reforço”, explicou a governante, sobre esta resolução que aprova a alteração do esquema de vacinação completa contra a Covid-19, para efeito de emissão do certificado Covid de vacinação.

“Serão considerados os certificados que atestem a conclusão do esquema vacinal primário até 270 dias, nove meses, após a data da administração da última toma: segunda ou dose única. Uma vez concluído o prazo de 270 dias, serão aceites certificados que confirmem a toma da dose adicional de reforço de uma vacina contra a Covid-19 com autorização de introdução no mercado Cabo-verdiano”, disse Filomena Gonçalves.

“Os certificados de vacinação que atestem uma dose de reforço não estarão sujeitos a um período de validade”, esclareceu ainda.

De acordo com o teor da resolução, anunciado pela governante, aprovado em Conselho de Ministros, nas viagens interilhas e internacionais, aéreas e marítimas, com destino a Cabo Verde, os passageiros “devem possuir o certificado de vacinação contra a Covid-19 dentro do prazo de 270 dias ou com dose de reforço [após os nove meses]”. Em alternativa, como nos restantes casos ainda em vigor em Cabo Verde, mantém-se a possibilidade de apresentação de certificado Covid-19 de recuperação ou teste negativo PCR (até 72 horas) ou antigénio (48 horas), medidas que não se aplicam a crianças até 12 anos.

“Sabemos que a evolução da situação da saúde pública provocada pela Covid-19 continua a justificar o acompanhamento muito próximo e atento, numa atitude de prudência e cautela, não obstante a situação epidemiológica em todo o País”, justificou a governante, aludindo ainda às recomendações internacionais para aplicação de doses de reforço, para aumentar a imunidade da população.

Segundo Filomena Gonçalves, esta alteração visa também garantir a “sustentabilidade da trajetória da retoma económica e social que o País já iniciou”.