Montante vai ser investido no setor da água, nomeadamente, na sua dinamização. São alternativas à escassez da chuva
O Governo da Hungria vai apoiar Cabo Verde com uma linha de crédito no valor de 35 milhões de euros, confirmou o Primeiro-Ministro Viktor Orbán, no último dia da sua visita ao nosso País.
A verba vai ser investida no setor da água, nomeadamente, para dinamizar o setor, criando alternativas à falta de chuva.
O acordo foi rubricado esta quinta-feira, no mesmo dia em que os dois Estados assinaram vários outros documentos no âmbito do relançamento da cooperação entre os dois países.
Após a assinatura dos acordos, o Primeiro-Ministro Ulisses Correia e Silva sublinhou ser “muito importante” para Cabo Verde, porque vai na linha daquilo que o seu Governo tem traçado para o desenvolvimento nacional, face às sucessivas consequências das alterações climáticas.
UCS ajuntou que o propósito é reduzir a dependência da “irregularidade” da chuva. “Como costumamos dizer, se chover damos graças a Deus, se não chover, temos de fazer agricultura e ter água, utilizando outras fontes que não seja a chuva”.
Por sua vez, o PM húngaro agradeceu o facto de Cabo Verde aceitar cooperar com o seu País, sustentando que o Arquipélago pode ser uma plataforma que a Hungria procura para se aproximar dos Países de língua portuguesa e africanos.
Viktor Orbán afirmou também que o nosso País tem um “grande Embaixador” na Hungria, isto referindo-se ao jogador Stopira, que segundo observou “é muito acarinhado” pelos húngaros.
No quadro desta cooperação, Cabo Verde e Hungria rubricaram esta quinta-feira, 28, protocolos para as áreas do turismo, energia renovável, saneamento e um acordo para evitar a dupla tributação e invasão fiscal.
Para além da cooperação técnica e económica, Cabo Verde e Hungria podem vir a cooperar no domínio da educação-formação, podendo já no próximo ano letivo serem atribuídas bolsas de estudos para aquele País europeu.
Refira-se que a cooperação entre Cabo Verde e Hungria é antiga mas conheceu algum enfraquecimento, estando o atual PM a dinamizar a sua retoma desde que assumiu funções, em 2016.
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