Cabo Verde no pódio dos países Africanos menos suscetíveis ao suborno

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Classificação é da Associação Comercial Internacional, sem fins lucrativos, TRACE, fundada em 2001 e dedicada ao combate ao suborno, conformidade e boa governança

Todos os países tentam combater o fenómeno da corrupção, mas com resultados divergentes.

A organização internacional anticorrupção Trace, acaba de lançar seu indicador Trace Bribery Risk Matrix- Trace Matriz de Risco e Suborno -, que mede a probabilidade de pedir suborno ao setor privado em 194 países.

Em África, enquanto alguns países estão bem classificados no combate ao suborno, outros, mais numerosos, têm ainda muito que fazer para reduzir a dimensão deste flagelo.

Desde já, deve-se ressaltar que a corrupção, que consiste em subornar, subornar uma autoridade para obter dela algum benefício, é um fenómeno que atinge todos os países. No entanto, se nenhum Estado lhe escapa, seja qual for o seu nível económico e social, a verdade é que a corrupção é muito mais manifesta nos países em vias de desenvolvimento, onde a democracia e as liberdades não são respeitadas.

Estes são os países onde o combate a este fenómeno é menos rigoroso. E este é, infelizmente, o caso de muitos países Africanos. O continente também possui vários Estados que estão entre os mais corruptos do mundo.

Esse recorde nada invejável se reflete no último relatório divulgado pela Trace, órgão internacional anticorrupção registrado no Canadá e com sede nos Estados Unidos.

Desde 2014, esta organização estabeleceu a Trace Bribery Risk Matrix, um instrumento para medir a probabilidade de solicitação de subornos do setor privado em todo o mundo.

Um indicador que fornece às empresas informações sobre os riscos de corrupção a que estão expostas dependendo do país.

Na sua edição relativo ao ano 2022, o indicador dá uma ideia dos impactos do combate à corrupção ao nível dos 194 estados, territórios e regiões autónomas e semi-autónomas com base em quatro fatores:

“Oportunidades” -interações de negócios com o governo-, “Dissuasão ”-anticorrupção da aplicação da lei-, “Transparência ”-transparência do governo e do serviço público” e “Vigilância ”-capacidade de supervisão da sociedade civil, incluindo o papel da mídia.

Cada um dos quatro fatores é composto de dois ou mais subfatores. O fator “Oportunidade” é o mais associado ao risco de corrupção e beneficia de um peso de 40% no cálculo da pontuação global, contra 15% para o de “Dissuasão”, 22,5% para “Transparência” e 22 . 5% para “Monitoramento”.

A classificação geral do risco-país é uma pontuação combinada e ponderada dos quatro fatores. A pontuação geral do País está entre 1 e 100. Quanto mais próxima a pontuação estiver de 1, menor a probabilidade de pedir subornos ao setor privado naquele país. Pelo contrário, quanto maior for essa pontuação e se aproximar de 100, maior será essa probabilidade de solicitação.

Segundo dados da Trace, a pontuação mais alta vai para a Noruega com nota 4, ilustrando a fragilidade na demanda por subornos. Atrás seguem Nova Zelândia (8 pontos), Suécia (9), Suíça (10) e Dinamarca (11).

Quanto aos países onde as demandas por subornos são maiores, estão a Coreia do Norte (93 pontos), Turcomenistão (88), Guiné Equatorial (88), Síria (88) e Venezuela (82).

Na África, em 2022, de acordo com o indicador Trace Bribery Risk Matrix, apesar dos muitos escândalos que difamam seus líderes, é a África do Sul que obtém a melhor pontuação continental com 39 pontos, ocupando o 55º lugar no mundo, graças à sua boa pontuação de 22 pontos para o fator “Monitoramento” e em menor escala para “Transparência” com uma pontuação de 38 pontos. O nosso país vem em 3ª lugar no meio de 54 país logo atrás da Seicheles.

Com: le360 Afrique



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